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Acusado de matar mãe e filha no Tribess vai a juri popular

Inês do Amaral e Franciele Will foram assassinadas dentro de casa, em 2018

O juiz Lenoar Bendini Madalena julgou admissível a denúncia contra Anderson Tadashi Nakamura, acusado de assassinar Inês do Amaral, 57 anos, e Franciele Will, 30, e determinou que ele vá a juri popular. Mãe e filha foram mortas dentro da própria casa, no bairro Tribess, em Blumenau, em abril de 2018.

Recai a Nakamura a acusação de homicídio qualificado, com agravantes de motivo fútil, emprego de asfixia, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, emprego de meio cruel, emboscada e também com objetivo de assegurar a impunidade de outro crime.

Nakamura foi mantido preso durante todo o processo, e o juiz determinou que assim ele deverá permanecer. A acusação e a defesa, agora, têm cinco dias para apresentarem testemunhas que irão depor em plenário. O máximo de testemunhas é cinco.

Dessa decisão ainda cabe recurso, portanto não há data específica para o juri popular.

O crime

Arquivo Pessoal

Inês do Amaral e Franciele Will foram assassinadas dentro de casa. A mãe foi morta por asfixia e a filha por golpes de um objeto perfurante no pescoço. O carro de Inês foi encontrado abandonado no bairro Itoupava Norte.

Após o crime, Odair Will, filho de Inês e irmão de Franciele, não conseguiu mais retornar à residência. Foi ele quem encontrou os corpos da mãe e da irmã dentro da casa.

O relatório policial

O relatório de Teixeira enviado ao MP confirma a versão de que Nakamra matou Inês após uma discussão, no dia 4 de abril de 2018. Veja o trecho em que a cena do crime é descrita:

“Declarou que foi até a casa de Inês perguntar se havia algum serviço para prestar, sendo informado que não havia. Na sequência, houve uma discussão com Inês motivada pela acusação que recebeu de ter induzido Odair ao uso de entorpecentes, iniciando-se, pois, uma discussão ríspida.

Ato contínuo, após Inês proferir xingamentos sobre sua família, alegou que ficou fora de si e lhe desferiu socos e a levou para o andar de cima, momento em que Inês, que estava já desacordada, acordou e, então, apertou seu pescoço até que apagasse novamente.

Indagado sobre a execução de Franciele, frisou que não houve uma motivação específica, dado que tinha pouco contato com ela. Declarou que somente a esperou para a execução porquanto enquanto estava a conversar com Inês, Franciele esteve rapidamente na residência e acabou o ali vendo.

Aduziu que se utilizou de uma faca para o ato e que Franciele não chegou a falar nenhuma palavra durante as agressões, haja vista que os golpes foram desferidos logo da sua entrada no imóvel”.