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Acusado de matar Tamara vai a júri popular depois de quase quatro anos

Tamara Regina Pereira, de 23 anos, foi sequestrada e assassinada em 2014

Para a família, são três anos e nove meses de uma longa e dolorosa espera. Tamara Regina Pereira, de 23 anos, foi assassinada em junho de 2014. Quatro anos depois, o Judiciário marcou o júri popular do acusado de ter cometido o crime. A sessão do tribunal será no dia 4 de abril no Fórum de Blumenau.

A jovem foi vista pela última vez no dia 21 de junho de 2014, por volta das 22h, em um ponto de ônibus na rua Frei Estanislau Schaette, no bairro Água Verde. Câmeras de monitoramento mostraram o momento em que um homem se aproxima e obriga a moça a entrar em um veículo Gol. O corpo dela só foi encontrado 12 dias depois, às margens da BR-470, em Ilhota.

Segundo informações do Instituto Médico Legal, Tamara tinha um ferimento na nuca e estava com as mãos amarradas por um cadarço. Familiares e amigos fizeram protestos em busca de justiça. Suspeitos de terem cometido o assassinato foram detidos e interrogados pela Polícia Civil ainda em julho de 2014, mas foram liberados por falta de provas.

Em novembro de 2015, Gelton Wreczinski foi preso em Ascurra acusado de ter cometido o assassinato. Desde então, a família da vítima aguardava o julgamento. Ester Pereira, mãe da Tamara, foi a primeira a receber a notícia de que a data finalmente havia sido marcada.

“Como mãe, eu venho fazer o meu apelo à justiça. Eu sei que a sentença que for dada a ele não vai trazer a minha filha de volta, mas pelo menos vai amenizar a nossa dor”, diz emocionada.

Acusado nega participação no crime

Gelton foi indiciado por 5 crimes: homicídio duplamente qualificado, sequestro, furto, estupro e ocultação de cadáver. Se condenado, a pena pode passar de 20 anos. Ele nega que tenha cometido o assassinato. Em depoimento à imprensa, dentro do Presídio Regional de Blumenau, ele confessou que é dele o carro que aparece nas imagens, mas que não seria ele o condutor do veículo. Ele diz que teria emprestado o carro para o rapaz que também foi detido, mas foi liberado por falta de provas.