Adoção de animais em Blumenau está abaixo do esperado; saiba como adotar

Cepread não abriga novos animais no setor e Aprablu tem cerca de 80% dos bichinhos sem previsão de adoção

Segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil tem cerca de 30 milhões de animais abandonados. Deste número, aproximadamente 20 milhões são cães e 10 milhões gatos.

Um levantamento feito pelo Instituto Pet Brasil (IBP) com 400 organizações não governamentais (ONGs) aponta que o país possui quase 185 mil animais abandonados ou resgatados de situações de maus-tratos, sob a tutela de ONGs e grupos de protetores. Desse total, 96% são cães e 4% são gatos.

Baixa taça de adoção na cidade

Em Blumenau a realidade não é diferente. Apesar de haver ONGs e órgãos voltados para a questão do resgate, muitos não podem receber mais bichinhos por estarem no limite de ocupação. Mesmo assim, as ruas estão cheias de animais sem um lar.

A dificuldade encontrada por esses locais na hora de doar os cachorros e gatos é grande. Esse impeciclho prejudica a intenção das ONGs de serem um lar temporário e rotativo. Afinal, quando não são adotados, acabam permanecendo nestes locais e isso impede também o resgate de novos animais.

Cepread não abriga novos animais

Um exemplo dessa situação é o próprio Centro de Prevenção e Recuperação de Animais Domésticos (Cepread) da cidade. O órgão é municipal e subordinado à Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade. Desde julho de 2014 ele trabalha com a missão de estabelecer e executar políticas públicas de bem-estar animal. 

O Cepread atende denúncias de maus tratos, realiza atendimento veterinário para animais sem lar, visa a conscientização para guarda responsável e promove o controle populacional de cães e gatos. 

Além disso, o órgão também promove a adoção. No momento, conta com 45 animais à disposição para ganhar um novo lar. Os interessados em adotar podem entrar em contato pelo WhatsApp (47) 9169-6343, para agendar um dia para fazer entrevista e conhecer os animais.

Pela baixa taxa de adoção e por ter um limite máximo de animais que pode abrigar proporcionando bem-estar para os bichinhos, o Cepread não está mais recebendo novos animais no setor.

“Infelizmente, temos uma dificuldade grande em doar os cães que estão conosco no momento. Os cães que ficaram em sua maioria são machos, porte médio e grande, muitos idosos. Alguns com problemas crônicos, de saúde e comportamentais. Então, apesar de ter pessoas interessadas em adotar, no momento, a nossa taxa de adoção está baixa”, explica a equipe do Cepread.

Confira quais animais estão para adoção:

Moises Macho 15 anos Médio porte Sem raça definida
Aisha Fêmea   Médio porte Sem raça definida
Aisha. Foto: Cepread
Jolie Fêmea   Pequeno porte Sem raça definida
Jolie. Foto: Cepread
Cleiton Macho 3 anos Pequeno porte Sem raça definida
Gherta Fêmea 7 anos Grande porte Pastor alemão
Nanny Fêmea 5 anos Grande porte Sem raça definida
Mathias Macho 5 anos Grande porte Sem raça definida
Max Macho 8 anos Grande porte Sem raça definida
Peixoto Macho 14 anos Médio porte Sem raça definida
Peixoto. Foto: Cepread
Robson Macho 5 anos Médio porte Sem raça definida
Jamal Macho 2/3 anos Médio porte Sem raça definida
Azeitona Macho 5 anos Pequeno porte Sem raça definida
Aipin Macho 11 anos Pequeno porte Sem raça definida
Tristan Macho 15 anos Pequeno porte Sem raça definida
Dorival Macho   Médio porte Sem raça definida
Dorival. Foto: Cepread
Dexter Macho 7 anos Pequeno porte Sem raça definida
Dexter. Foto: Cepread
Pandora Fêmea   Grande porte Sem raça definida
Tauros Macho   Grande porte Sem raça definida
Mussum Macho   Pequeno porte Sem raça definida
Mussum. Foto: Cepread
Bacon Macho   Pequeno porte Sem raça definida
Bacon. Foto: Cepread
Domingos Macho 13 anos Pequeno porte Sem raça definida
Domingos. Foto: Cepread
Minerva Fêmea   Médio porte Sem raça definida
Minerva. Foto: Cepread
Laika Fêmea   Médio porte Sem raça definida
Sultão Macho 10 anos Médio porte Sem raça definida
Sultão. Foto: Cepread
Sultão Macho 10 anos Médio porte Sem raça definida
Kowalski Macho 5 anos Pequeno porte Sem raça definida
Brenda Fêmea   Pequeno porte Sem raça definida
Grandão Macho 6 anos Grande porte Sem raça definida
Tayler Macho 4 anos Grande porte Sem raça definida
Ronda Fêmea   Grande porte Sem raça definida
Malu Fêmea   Médio porte Sem raça definida
Kahib Macho   Pequeno porte Sem raça definida
Kebabi Macho   Grande porte Sem raça definida
Cody Macho   Médio porte Sem raça definida
Cody. Foto: Cepread
Tobias Macho   Grande porte Sem raça definida
Leticia Fêmea 8 anos Grande porte Sem raça definida
Bob Macho   Pequeno porte Sem raça definida
Cabernet Macho 6 anos Médio porte Sem raça definida
Boris Macho   Médio porte Sem raça definida
Ledesma Macho   Pequeno porte Sem raça definida
Ledesma. Foto: Cepread
Temaki Macho   Médio porte Sem raça definida
Lessie Fêmea 3anos Médio porte Sem raça definida
Lessie. Foto: Cepread
Makai Macho 5 anos Médio porte Sem raça definida
Makai. Foto: Cepread
Buddy Macho 4 anos Médio porte SDR
Buddy. Foto: Cepread
Morgana Fêmea   Grande porte Mestiço labrador
Morgana. Foto: Cepread
Tamara Fêmea 3 anos Médio porte Sem raça definida

80% dos animais sem previsão de adoçao

A dificuldade de doar os animais se repete também na Aprablu, uma ONG voltada para ações em prol do bem-estar animal e conscientização para tutela responsável.

No momento, a Aprablu tem aproximadamente 160 animais, sendo metade cães e o restante gatos. Segundo o presidente da Aprablu, Leandro, pelo menos 80% dos animais da ONG já não possuem mais muitas chances de serem adotados, pois têm problemas de saúde ou são mais velhos.

Por isso, na maioria das vezes, como afirma Leandro, eles acabam ficando nos lares temporários. Com isso, a ONG acumula alguns gastos fixos, como ração, vacina, atendimento veterinário.

“A gente costuma dizer que a ONG não tem animais, o que ela tem são lares temporários que ela gerencia mediante a participação de algum voluntário ativo da ONG”, explica Leandro.

O que são os lares temporários

A Aprablu trabalha com a proteção animal e, além de não possuir abrigos também não os incentiva. Dessa forma, eles limitam o número de animais aos lares temporários. Além de precisar ter um voluntário da ONG, esses lares também precisam ser cadastrados para fazer parte.

Depois do cadastro, a Aprablu faz uma visita e verifica as condições do local. Caso seja aprovado, passa a receber os subsídios da ONG para cuidar dos animais. A Aprablu se responsabiliza pelo atendimento veterinário, ração, vacinas e também abre portais para participarem dos eventos e feiras, além de disponibilizar as mídias sociais da ONG para divulgação, a fim de realocar os animais.

Como ajudar a Aprablu

A Aprablu aceita doações em dinheiro, que são destinadas para custear atendimentos clinicos veterinarios, medicamentos e ração. A doação pode ser feita por pix CNPJ: 03.585.420/0001-75, ou pelas contas descritas neste site.

Também é possível ajudar a Aprablu financeiramente através da conta de energia elétrica. Para isso, basta autorizar a Celesc a descontar um valor fixo mensal para auxiliar nas despesas da ONG. No site há um formulário da Celesc para preenchimento.

Pontos de coleta

A ONG também aceita a doação de produtos em si. Quem desejar doar ração para os animais, a Aprablu pede que, de preferência, contenha no minimo 22% de proteina e não tenha corantes, para poder atender aos animais debilitados. 

Remédios, vermifugos, areia para gatos, jornais e produtos de limpeza como desinfetante, detergente, àgua sanitária e sabão em pó também são aceitos. Além disso, com a chegada do inverno, os cães e gatos também precisam de caminhas, casinhas e cobertas.

Os produtos podem ser entregues nas feiras e eventos em que a Aprablu está presente, ou nos seguintes pontos de coleta:

– Vital Agropecuária, rua 25 de Julho, 485 – Itoupava Norte

– Flora Bernard, rua Benjamin Constant, 1345 – Escola Agrícola

– Ula corretora, rua São Paulo, 2922 – Itoupava Seca

Também é possível entrando em contato pelo e-mail: aprablu@aprablu.com.br.

Eventos e feiras

A Aprablu realiza e se faz presente em alguns eventos e feiras. Nos dias 3 e 4 de junho, haverá dois estandes com brechó e lojinha da Aprablu na Feira da Amizade, no Parque Vila Germânica. Para saber mais informações sobre esses eventos, acompanhe o instagram da ONG.

Além disso, uma vez por mês, acontece uma feira de adoção de cães adultos na loja Petz, na rua São Paulo, 1629, Itoupava Seca.

Apadrinhamento de animais

Por fim, a Aprablu também disponibiliza o apadrinhamento dos animais. Ou seja, as pessoas podem escolher um ou mais bichinhos e ajudar no sustento. Nas redes sociais da ONG é possível saber quais precisam de madrinhas e padrinhos. Depois disso, basta fazer a escolha e definir seu orçamento.

Após realizar a doação, deve ser encaminhado um e-mail para financeiro@aprablu.com.br, com o nome do animal apadrinhado, o comprovante anexado, qual item está ajudando a comprar e se realizará a doação mensalmente ou não.

Por fim, é só acompanhar o seu afilhado. Os padrinhos podem realizar visitas e manter contato com o voluntário responsável pelo animal escolhido, além de divulgar sua adoção para as pessoas que conhece.

Saiba mais sobre o apadrinhamento clicando aqui.


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