Google Street View/Reprodução
Advogada que denunciou assédio volta a ser vítima do mesmo motorista em Blumenau
Dois boletins de ocorrência foram registrados após ele tentar atropelar vítima e esposo dela
A advogada Monica Matsuo, que foi assediada por um motorista no Centro de Blumenau há pouco mais de um mês, foi novamente atacada pelo mesmo homem. Dessa vez, a ocorrência ocorreu no bairro Escola Agrícola.
Ela estava correndo com o esposo por volta das 6h da manhã dessa sexta-feira, 21, quando avistou o motorista na rua Benjamin Constant. Segundo ela, ele insultou o esposo dela, chamando ele para brigar.
“Ele nos perseguiu, chamando meu marido para briga e nós não fizemos nada. Só corremos. Quando então veio atrás de nós e jogou o carro em cima da calçada, na tentativa de nos atropelar”, relata a vítima.
O motorista chegou a subir na calçada na tentativa de atingir o casal, que estava tentando correr na direção oposta. O marido de Monica quase foi atingido pelo veículo, mas nenhum dos dois se feriu.
Para se proteger, o casal entrou em uma padaria e acionou a Polícia Militar. Dois boletins de ocorrência foram registrados, sendo um de tentativa de lesão corporal grave, sendo que antes disso o motorista já possuía 14.
“Enquanto a polícia registrava o boletim de ocorrência, pelo rádio os policiais foram informados que o mesmo indivíduo estava no Posto Meta do Centro ameaçando os frentistas. Então a situação é lamentavelzíssima”, explica a advogada do casal, Taiza Melo Schmitz.
Na terça-feira Monica irá à Delegacia da Mulher em companhia da defensora para prestar depoimento e instaurar um inquérito policial. Uma medida protetiva pode também ser instaurada para manter o casal seguro.
“Uma pessoa desse porte, com tantos boletins de ocorrência e perigoso para a sociedade não pode ficar solto. Hoje é ela, amanhã podem ser outras meninas. Soubemos através de um senhor que ele fica na frente do Cedup tentando assediar meninas, o que pode terminar numa tragédia”, denuncia Taiza.
Monica é corredora profissional e conta que outras mulheres já relataram agressões parecidas. A maior preocupação dela é que o homem atua como motorista de aplicativo, podendo fazer novas vítimas durante as corridas.