Advogado de assassina de Canelinha pede habeas corpus para que ela responda em liberdade
Pedido foi protocolado na tarde desta quinta-feira
O advogado Rodrigo Goulart, que defende a assassina confessa Rozalba Maria Grime, protocolou na tarde desta quinta-feira, 3, um habeas corpus pedindo que ela responda o processo em liberdade. Rozalba assassinou Flávia Godinho Mafra, no dia 27 de agosto, em Canelinha.
Goulart alega que como ela é ré primária, com residência fixa e bons antecedentes, ela pode responder o processo em liberdade. “Claro que quando houver o julgamento ela terá a punição de acordo com a lei, e irá cumprir de forma reclusa”, destaca.
Ele exemplifica o pedido citando o caso Jaguar, do motorista que atropelou e matou duas mulheres na BR-470 e responde o processo em liberdade. “Todos tem residência fixa, trabalho, bons antecedentes, o que demonstra para a justiça que não irão se furtar da aplicação da lei penal que futuramente possam sofrer”, completa.
Para o advogado, “é provável que o habeas corpus seja negado, mas talvez quando abrir a negativa em Brasília existe a chance”.
Presídio de Tijucas
Rozalba segue no presídio de Tijucas, sem contato com outras detentas. “Ela não tem contato com ninguém, somente com os agentes e está recebendo acompanhamento psicológico a cada 15 dias”, informa Goulart.
Relembre o caso
Flávia Godinho Mafra foi morta no dia 27 de agosto e encontrada no dia seguinte. Ela era moradora do bairro Cobre, em Canelinha, e estava grávida de 36 semanas. O corpo foi encontrado no bairro Galera.
Rozalba Maria Grime confessou que matou a vítima com golpes de tijolo na cabeça, de acordo com a Polícia Civil. No depoimento, a mulher afirmou ter usado um estilete para retirar o bebê do útero da gestante. A hemorragia do ferimento causou a morte da vítima.
Assassina planejou o crime em Canelinha
Segundo o delegado, a mulher admitiu ter contado à vítima que haveria um chá de bebê como forma de atraí-la. Flávia tinha saído de carona para um chá de bebê surpresa.
Ainda de acordo com o depoimento, ela levou a grávida para o bairro Galera, e a atacou com diversos golpes de tijolo.
Em seguida, Rozalba teria se encontrado com o companheiro e ido até o Hospital de Canelinha. Lá, informou que o filho da vítima era seu e que fizera o parto em via pública. Então, solicitou ajuda no pós-parto. A equipe do hospital que atendeu a demanda percebeu que as informações eram controversas e acionou a Polícia Militar, que constatou o crime.
Segundo a investigação, Rozalba ficou grávida e perdeu o bebê em janeiro deste ano. Ela não contou aos familiares e teve a ideia de roubar o bebê.