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Advogados informam à Justiça que João Pizzolatti está internado

Defensor pediu a revogação do mandado de prisão preventiva, que permanece em aberto

A defesa do ex-deputado federal João Pizzolatti (PP) protocolou nesta sexta-feira, 17, um pedido de revogação da prisão preventiva decretada na semana passada. O mandado de prisão permanece em aberto.

Segundo o documento assinado pelo escritório Miguel Saliba Advogados Associados, de Brasília, Pizzolatti está internado no Instituto São José – Centro de Psiquiatria e Dependência Química, no município de São José, Grande Florianópolis.

Os advogados afirmam que Pizzolatti é dependente de álcool reabilitado, mas “após a decretação da prisão preventiva, o Peticionário por estar sob grande pressão psicológica, teve uma recaída, retornando ao consumo de bebidas alcoólicas reiteradamente. Assim, tendo em vista a extrema debilidade do acusado por conta da dependência e o risco de o Peticionário intentar contra sua própria vida, o mesmo, por ordem de sua família, foi internado em uma clínica psiquiátrica para tratar sua dependência e depressão, sendo imprescindível o constante acompanhamento médico.”

Pizzolatti teve a prisão decretada porque descumpriu a ordem judicial de não conduzir veículos. No dia 29 de abril, ele foi flagrado dirigindo o carro da esposa em Rio dos Cedros. O ex-parlamentar, por meio do advogado Fernando Henrique Becker, alegou que dirigiu momentaneamente enquanto a esposa cuidava da filha de um ano, que estava chorando.

No pedido de revogação, o escritório de Brasília, que também atende Pizzolatti nos processos ligados à Lava-Jato, aprofunda o relato. Diz que a criança estava chorando devido a um problema de saúde:

“A família estava à caminho da casa de parentes, quando a filha do casal, que estava no banco de trás do veículo, começou a chorar desmesuradamente por conta de uma forte crise asmática. Consequentemente, por ter muita dificuldade em respirar, a criança a começou a chorar cada vez mais, resultando no desespero e nervosismo da mãe Thaionara diante daquela situação.

Assim, percebendo que a criança estaria com muita dificuldade para respirar (falta de ar), os pais não tiveram outra alternativa, senão o acusado assumir a direção do veículo para seguir até um atendimento médico, enquanto a mãe socorria a criança no banco de trás, tendo em vista que esta já estaria habituada a lidar e socorrer a criança, pois possui habilidade inerentes à condição de mãe”.

Mais adiante, os advogados combatem a tese do Ministério Público, segundo a qual João Pizzolatti teria atentado contra a ordem pública ao dirigir sem autorização:

“Entretanto, não há o que falar em risco a garantia a ordem pública, tendo em vista que o descumprimento da restrição em momento algum intentou contra a ordem púbica, sendo que cumpri-la, naquele momento e sob aquelas condições, colocaria em risco a vida de uma criança.”