Águas de Blumenau: conheça os principais pontos de turismo aquático da cidade
Recurso natural é fonte de renda para muitas famílias blumenauenses
Esta segunda-feira, 22 de março, é marcada pelo Dia Mundial da Água. A data foi criada para refletir sobre a importância deste recurso natural e de como seu cuidado é vital para nossa sobrevivência. Por representar a maior parte do nosso corpo e estar presente em todo nosso dia, muitas vezes seu valor passa batido.
Além de ser necessária para bebermos, cozinharmos, tomarmos banho, limparmos a casa, transportar produtos, a água também é um forte fator turístico e econômico em Blumenau. Não apenas por ser cortado pelo rio Itajaí-Açu, mas também por contar com inúmeras nascentes, fontes e cachoeiras altamente procuradas.
Apesar de o período ser de cautela e a recomendação ser manter o distanciamento, O Município Blumenau elencou espaços da cidade que durante anos unem a população à água e trazem lazer para moradores e turistas. Perfeitos para aproveitar em um dia de pouco movimento ou colocar na agenda para depois da pandemia.
Para atender o público que busca a natureza abundante e intocada, diversos empreendimentos surgiram na região. Entre restaurantes, recantos, campings e museu, não faltam opções para os visitantes.
Fundado no fim de 2018, o restaurante Permita Ser busca unir a culinária italiana ao turismo de experiência. Anexo à Pousada Rio da Prata Eco, em meio ao Parque Nacional da Serra do Itajaí, a proposta é oferecer um espaço com água cristalina, ar puro e natureza não tão longe da região central de Blumenau.
“As pessoas encontram aqui uma fuga da cidade. Também buscamos fazer tudo de forma sustentável. Reciclagem do lixo, compoteira, energia solar e tratamento de esgoto por zona de raízes, facilitando o retorno das águas aos rios. Sabemos que ela é um bem essencial e precisa ser cuidada de forma consciente”, conta Lucas Pavesi, proprietário do restaurante.
Na mesma estrada, Minas das Pratas, fica o Ecomuseu Dr. Agobar Fagundes. A casa de campo do médico se tornou um espaço para acolher, preservar e promover a fauna, a flora e os saberes e dizeres dos moradores da região.
A região é tão importante que em 2019 a prefeitura entregou o Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentável da Nova Rússia. Desenvolvido em conjunto com o Sebrae e moradores da região, ele traça metas para que o turismo de natureza do local seja desenvolvido sem afetar o meio ambiente. Porém, de acordo com os empresários da região, por conta das mudanças na secretaria logo após a assinatura do documento, pouco foi colocado em prática.
Ainda na rua Santa Maria fica o Recanto Arno Schmidt, que também oferece cancha de bocha e mesa de sinuca. Para quem procura um café colonial, o famoso Rancho do Willy vende pães, bolos, cucas e pastéis.
Inspirado nos recantos citados acima e após muita insistência dos amigos, Luiz Juvenal Leite criou seu próprio recanto. Seu Lula, como é conhecido, aproveitou o terreno para construir o Paraíso do Miguel no final dos anos 1980.
“Acredito que metade dos moradores da Nova Rússia pode ser sustentada pelas nossas águas. Além de um atrativo para turistas, quase 1/3 da população de Blumenau é atendida pela nossa água. Em épocas de tragédias climáticas, é uma das poucas que segue segura para consumo mesmo sem tratamento. É o nosso ouro”, exalta Lula.
Para ele, que tem a água como base da fonte de renda da família, não há como expressar a importância deste recurso natural. Com a ajuda da escola da região e de moradores, ele faz parte de uma ONG que promove a limpeza de cerca de três quilômetros do rio Itajaí-Açu.
Alguns dos estabelecimentos cobram entrada, mas oferecerem churrasqueiras, estrutura para passar o dia e, é claro, ficam à beira da água. Para consultar mais informações sobre os recantos, pousadas e restaurantes da Nova Rússia, acesse página no site da Secretaria de Turismo de Blumenau.
A rua Santa Maria não abriga apenas recantos, restaurantes e espaços para um banho tranquilo. O Parque das Nascentes, no fim da via, conta com trilhas e cachoeiras de tirar o fôlego – literalmente.
Nos mais de 5 mil hectares do Parque Nacional da Serra do Itajaí, as nascentes de rios acompanham centenas de espécies de plantas e animais. As quatro principais trilhas são autoguiadas, mas nem todas são fáceis.
A que leva para a principal cachoeira é a Trilha da Garganta. Considerada a mais difícil, o percurso é de 360 metros. A Trilha da Chuva também é de alto grau de dificuldade e atravessa o rio seis vezes em seus três quilômetros.
Para uma vista da região, a Trilha do Morro do Sapo leva a um mirante que fica a 715 metros de altitude. A ida e volta soma oito quilômetros e a dificuldade é média. Para quem busca um passeio tranquilo, a Trilha das Lagoas é contemplativa e tem um circuito 650 metros.
O espaço também conta com área de camping com churrasqueiras e banheiros, para quem quiser passar um tempo por ali. Mas é importante ficar atualizado sobre as condições do dia, no site ou no Instagram do Instituto Parque das Nascentes.
Não menos importante, o famoso Parque Ecológico Spitzkopf também possui trilhas que levam para cachoeiras. Atualmente, o espaço está fechado por conta da pandemia, mas é um destino popular para os aventureiros.
Já o parque aquático Portal do Sol possui piscinas para crianças e adultos, com toboágua, quadras poliesportivas, playground, quiosques, chalés, restaurante e lanchonete. Ambos espaços estão sem funcionar no momento por conta do decreto estadual.
Para quem prefere tranquilidade, um pesque-pague é a opção perfeita. Seja para passar um dia sozinho ou aproveitar o fim de semana com a família, Blumenau oferece diversas opções. Sempre cercadas pela natureza.
É possível pescar a própria refeição ou aproveitar um bom almoço. A atividade é também um bom treino para os pescadores amadores. A cidade conta com pesque-pagues espalhados por todas as regiões.
Ao todo, são mais de dez estabelecimentos, como o Pesque Pague Fortaleza, no bairro que leva seu nome e três na Itoupava Central, o da Amizade, o Bambuzal e o Recanto do Pintado.