O Município Blumenau
Alvo de processos, empresário blumenauense do ramo imobiliário diz que irá reembolsar clientes
Pessoas físicas e até o Ministério Público são autores de processos
A J. Alves Soluções em Engenharia e Geomensura, de Blumenau, é alvo de diversos processos na Justiça de Santa Catarina, por conta da venda de lotes de um terreno irregular em Indaial. São quase 20 processos em andamento em que a empresa é acusada de vender lotes que ainda estavam pendentes de regularização e não cumprir acordos de contrato. Os clientes pedem reembolso dos valores pagos e indenizações.
Além de denúncias de pessoas físicas – ou seja, clientes que compraram esses lotes – há também um processo de autoria do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC). Todos os casos são referentes a divulgação e comercialização de um empreendimento em Indaial, que estava sem aprovação. O terreno em questão fica em uma área em que o projeto não poderia ser executado, conforme alegações da Prefeitura de Indaial e investigações do MP-SC.
A situação é parecida com um caso reportado em 2022. Naquela oportunidade, a Prefeitura de Blumenau estava denunciando à empresa ao Ministério Público, por comercializar terrenos com a promessa de escritura e plantas, sem ter qualquer projeto aprovado no município. Esse caso ainda está em andamento no MP-SC e não foi levado ao judiciário.
Nossa reportagem conversou com o proprietário da J Alves, Jan Gonçalves, que reconheceu os erros cometidos pela empresa e disse estar tentando corrigi-los.
“Reestruturei a empresa. Eu estava com 36 funcionários e estou com 12. Os problemas aconteceram porque estava abraçando um negócio que não era o nosso. Abri a empresa há sete anos, com foco na regularização de imóveis e sempre fiz isso. Tentei aumentar as coisas com a venda dos lotes e criação desse projeto e aconteceram esses problemas”, afirmou.
Jan afirmou ter conhecimento dos processos, inclusive com alguns até com sentenças já contrárias à empresa. Também apontou que está em contato com o Ministério Público para realizar um acordo e devolver o dinheiro pago pelos compradores. Ao todo, foram 29 clientes.
“Foi um erro que cometemos e estamos tentando consertar. Isso nos prejudicou muito, tanto que deixamos totalmente de comercializar lotes e voltamos para nossa origem de regularização, tanto que reestruturamos a empresa”, finalizou.
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