Após absolvição, Moisés apresenta programa de investimentos para os próximos dois anos
Plano prevê quase R$ 10 bilhões até 2022
O governador Carlos Moisés apresentou um plano de investimentos estratégicos para Santa Catarina em sua volta ao cargo, após a absolvição no processo de impeachment sobre a equiparação salarial dos procuradores do Estado. O programa Santa Catarina. Um Estado de Verdade prevê quase R$ 10 bilhões até 2022 nas áreas de infraestrutura, retomada da economia e planejamento hídrico.
Segundo o chefe do Executivo, trata-se de um projeto pensando as necessidades do Estado no ano de 2035. Serão investimentos em todas as regiões de Santa Catarina. Na infraestrutura, o valor chega a R$ 5,5 bilhões. Para a retomada da economia, serão empregados R$ 2,3 bilhões. No planejamento hídrico, o aporte será de R$ 1,7 bilhão.
“Nós projetamos os próximos dois anos tendo muita confiança na Justiça. Arrumamos a casa nestes dois primeiros anos, 2019 e 2020, e agora chegou o momento de planejar o futuro. Quem não planeja não sabe para onde vai. Precisamos pensar o nosso Estado para os próximos 20, 30 anos”, destaca o governador.
Em relação ao planejamento hídrico, além das ações de curto prazo para o combate da estiagem, estão previstas soluções de longo prazo, em especial na região Oeste. O investimento em infraestrutura tem como principal missão melhorar a situação da malha rodoviária e aeroviária de Santa Catarina. Na questão da retomada da economia, o intuito é gerar crédito mais abundante para as empresas que sofreram com os impactos da pandemia de Covid-19.
“Justiça restabelecida”
Em coletiva de imprensa no fim da tarde, o governador Carlos Moisés afirmou aos jornalistas que o julgamento do Tribunal de Impeachment desta sexta, com um placar de 6 a 3 e uma abstenção, restabeleceu a Justiça.
“Hoje é um dia histórico para Santa Catarina. Um dia em que a verdade e a Justiça foram restabelecidas. Nós sempre defendemos a ausência de justa causa e de um motivo legal que embasasse a representação contra o governador. Entendemos que um processo eminentemente político não poderia prosperar. Porém, ele nos faz refletir e avaliar a importância do relacionamento com poderes e órgãos. Queremos olhar para frente, aprender com os erros, não esquecer o passado e projetar o futuro”, destacou Carlos Moisés.