Após danos ambientais no Alto Vale, madereira firma acordo de R$ 800 mil como compensação

Indústria realizou cortes de uma mata nativa

Uma empresa do Alto Vale do Itajaí do ramo madeireiro firmou um acordo judicial com o Ministério Público do Estado de Santa Catarina (MPSC) no valor de R$ 800 mil como compensação pelo plantio de vegetação exótica em locais que atualmente configuram Área de Preservação Permanente.

A empresa realizou cortes de uma mata nativa para dar plantar de pinus e eucalipto em Área de Preservação Permanente (APP) de quatro comarcas do Alto Vale do Itajaí. O termo foi homologado na justiça no dia 20 de junho.

Conforme a nota oficial, além da indenização, a empresa se comprometeu a recuperar 86,7 hectares de áreas de preservação permanente em suas fazendas, no termo assinado com a Promotoria Regional do Meio Ambiente e as Promotorias de Ibirama, Ituporanga, Presidente Getúlio e Rio do Campo.

Além disso, se prometeu a destinar mais de 3 milhões de metros quadrados de terras em Ibirama e Ascurra para serem transformadas em uma reserva particular do patrimônio natural.

A partir da homologação, a empresa tem quatro meses para apresentar o protocolo do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina. Também tem quatro anos, contados a partir da aprovação do projeto, para a extração das árvores exóticas e a recuperação dos locais.

O valor da indenização entre a empresa e o MPSC será pago em 40 parcelas mensais, com reajuste anual pelo INPC. O cálculo irá obedecer a uma escala de valores para cada município pelos danos causados ao ecossistema.

O nome da empresa madeira não foi divulgado.

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