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Após invasão, prefeitura de Blumenau desativa temporariamente Escola Número 1

Localizado no bairro Itoupava Central, espaço memorial é alvo constante de vandalismo

Uma ou mais pessoas arrombaram a porta da escola histórica localizada às margens da rua Doutor Pedro Zimmermann, no bairro Itoupava Central e, utilizando o pó químico dos extintores de incêndio do local, sujaram todas as fotos e carteiras expostas no ambiente.

O alarme denunciou a invasão por volta do meio-dia de quarta-feira, 6, momento em que a equipe responsável pela segurança foi até o espaço memorial. Segundo o presidente da Fundação Cultural, Rodrigo Ramos, os atos de vandalismo são constantes na escola – o mais recente dele já foi registrado em boletim de ocorrência. No mesmo dia a porta foi consertada e as quase 200 fotos foram levadas para limpeza e digitalização no Arquivo Histórico.

Prefeitura/Divulgação

Enquanto o serviço não termina, a antiga escola continua com as portas fechadas. Ainda não há previsão para retorno do atendimento, que ocorre das 10h às 16h. Mensalmente, segundo Ramos, cerca de 20 pessoas visitam o lugar.

Para incentivar o aumento no número de visitações, que é baixo, a ideia do poder público é criar um Centro Cultural na região, construindo um anexo à escola, com banheiro, cozinha e sala de apoio, por exemplo.

“Nós vamos ver com a comunidade qual é  demanda, mas a ideia é ampliar os fundos do prédio. O Iphan já autorizou, agora é trabalhar no projeto e buscar recursos”, explicou o presidente.

Quando aberta, a Escola Número 1 conta com um monitor.

Patrimônio blumenauense

A Escola Nº 1 está localizada na antiga zona rural de Blumenau. A sua história se confunde com a história da colonização. A Escola da Itoupava Central foi uma das três primeiras unidades educacionais da Colônia Blumenau, construída em 1872, sob a orientação do Dr. Blumenau.

Fundação Cultural de Blumenau / Arquivo Histórico José Ferreira da Silva

À época, ela também servia de igreja. A primeira turma foi formada por um grupo de 70 estudantes. O ensino era ministrado em língua alemã e estava sob a responsabilidade do professor Carl Kühne. Outros mestres passaram por esta escola ao longo dos seus 80 anos de atividade