Após julgamento, ex-gerente de fiscalização da Faema é condenado à prisão
Ele terá de cumprir quatro anos e quatro meses no regime fechado
Carlos Alberto Gonçalves, ex-gerente da Fundação do Meio Ambiente de Blumenau (Faema), preso no dia 19 de julho deste ano então suspeito de corrupção, foi condenado à prisão após a realização do seu julgamento no último dia 13 de setembro. Ele terá que pagar também 53 dias-multa, o que dará quase R$ 18 mil.
A condenação em regime fechado foi agravada porque Carlos já havia sido condenado em quatro outras oportunidades, sendo, portanto, reincidente criminal. Ele teve três condenações por tráfico de drogas e uma por furto, o que pesou em seu julgamento.
Relembre o caso
O gerente de fiscalização da Fundação do Meio Ambiente de Blumenau (Faema), Carlos Gonçalves, foi preso no dia 19 de julho. Ele havia cobrado propina no valor de R$ 5 mil para construtores de uma obra de casas geminadas no bairro Fortaleza, segundo informações da Polícia Civil. Caso os responsáveis pela obra não pagassem o valor, eles seriam multados em R$ 15 mil.
Os construtores da obra conseguiram negociar o valor da propina, baixando para R$ 3 mil. Após a negociação, os construtores entraram em contato com a polícia, que armou o flagrante.
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Por volta das 17h, no ato em que o fiscal iria receber o valor em dinheiro, a polícia abordou o fiscal. Segundo os policiais, o fiscal tentou fugir com o veículo oficial da Faema.
À reportagem, o fiscal afirmou que não cobrou propina, apenas estava notificando os responsáveis pela obra. Cleber Farias, um dos sócios da construtora, rechaçou a informação do fiscal. “Se a obra estivesse irregular, ele deveria chegar e multar. Esse é o serviço dele, não cobrar propina”.