Após perder mãe e esposa para Covid-19, homem pede ajuda para cuidar dos filhos em Joinville

Ele tem quatro filhos, sendo um recém-nascido

Herlon Santiago Lino, 39 anos, tem passado por um momento difícil desde que perdeu a mãe e a esposa, Isamara Lino, 37, para a Covid-19 em um intervalo de seis dias em Joinville. Agora, além de lidar com a saudade, deve dar apoio emocional e financeiro para os quatro filhos do casal, de 17, 15 e sete anos, além do bebê Joaquim, de 21 dias.

A mãe do auxiliar de limpeza faleceu no dia 18 de maio, e a esposa, no dia 24, dez dias após dar à luz ao filho mais novo. Herlon conta que a gravidez precisou ser interrompida dois dias após a internação da esposa.

Joaquim veio ao mundo no dia 14 de maio, com 36 semanas de gestação. Apesar de pequeno e da mãe estar com Covid, nasceu saudável, sem complicações de saúde. “Passou por tudo isso, é um guerreiro”, afirma o pai.

Com o pequeno ainda no hospital, já que nasceu prematuro e precisou ficar internado por 18 dias, Herlon enterrou duas pessoas da família. “Minha mãe ainda teve um enterro digno. Minha esposa, abriram um buraco, rezamos e nem deu tempo de enxugar as lágrimas”, desabafa.

Daqui pra frente, Herlon prevê que o bebê irá perguntar da mãe conforme crescer. A filha de 7 anos, ocupa a cabeça brincando, já os filhos adolescentes, são os que mais sentiram o baque da perda. “Conheço muito bem eles. Agora que estão se acostumando”, conta.

Os filhos mais novos de Herlon | Foto: Arquivo Pessoal

Auxiliar de limpeza no aeroporto da cidade, Herlon tem contato com parentes para receber apoio emocional e financeiro. “Muito importante este apoio da família”. Ele tem recebido ajuda das irmãs, cunhados e cunhadas. Conta que a pequena é levada para brincar com as primas para se divertir. “A casa está um tédio, minha esposa gostava de barulho, de bagunça”, lembra.

Afastado do emprego pelo auxílio-maternidade, o pai conseguiu arrecadas fraldas, roupas e leite. Agora, tem se preocupado com o aluguel. Recebendo cerca de R$ 1.150, somente R$ 700 vão para o aluguel. “Como vou botar comida dentro de casa?”, questiona. Por isso, a família está vendendo rifa.

Herlon conta que a ideia é garantir pelo menos dois meses de aluguel, para poder dedicar o salário a alimentação e à saúde dos filhos.

Para ajudar Herlon e a família, a população pode entrar em contato pelos telefones (47) 99630-0126 ou (47) 99692-0655.

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