Roberto Jayme/TSE
Após protesto em frente a casa onde estava hospedado em Porto Belo, ministro Barroso se pronuncia
Veja o que diz a nota divulgada pelo gabinete do ministro
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, foi embora de Porto Belo após ser alvo de protestos em frente casa dele, na noite anterior. Os manifestantes eram bolsonaristas descontentes com a presença do ministro na cidade.
Antes do protesto em frente a casa onde o ministro estava hospedado, ele já havia sido hostilizado em um restaurante da cidade. Ele precisou ser escoltado pela Polícia Militar, que também ficou do lado de fora do imóvel, acompanhando o protesto.
Após sair da cidade, nesta sexta, o gabinete do ministro publicou uma nota detalhando a situação e destacando a necessidade de respeito a decisão das urnas, pessoas e instituições. Confira abaixo na íntegra:
O ministro Luís Roberto Barroso estava em Porto Belo, Santa Catarina, na última quinta-feira (3) para compromisso pessoal. Quando jantava com amigos em um restaurante, pessoas que participavam de bloqueios de estradas e que foram dispersadas iniciaram um protesto do lado de fora, e o ministro preferiu retirar-se para não causar transtornos aos demais clientes do local.
Ao retornar para a casa onde estava hospedado, a equipe de segurança detectou que um grupo identificara o lugar onde ficaria o ministro e começou a convocar outras pessoas para o local, fazendo ruído perturbador para toda a vizinhança e paralisando a circulação nas ruas adjacentes.
A manifestação ameaçava fugir ao controle e tornar-se violenta, tendo a segurança aventado o uso de força policial para dispersar a aglomeração. Diante disso, o ministro, em respeito à vizinhança e para evitar confronto entre polícia e manifestantes, retirou-se do local.
O ministro sequer chegou a ver os manifestantes e não houve proximidade física ou agressão. Tampouco houve qualquer registro de dano patrimonial nos locais, que seja de conhecimento do ministro.
A democracia comporta manifestações pacíficas de inconformismo, mas impõe a todos os cidadãos o respeito ao resultado das urnas. O desrespeito às instituições e às pessoas, assim como as ameaças de violência, não fazem bem a nenhuma causa e atrasam o país, que precisa de ordem e paz para progredir.
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