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Após seis meses, recurso que impede júri popular de Evânio Prestini ainda não foi julgado

Caso que está com o Desembargador Alexandre d’Ivanenko não tem data para ser apreciado

Completou seis meses neste domingo, 26, o recurso solicitado pela defesa de Evânio Prestini, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Sob a responsabilidade do Desembargador Alexandre d’Ivanenko, o processo não tem data para ser julgado.

Evânio Prestini é acusado por dois crimes de homicídio e outras três tentativas, além do crime de dirigir embriagado. Em decisão em junho do ano passado, ele irá passar por júri popular. Porém, até que todos os recursos sejam encerrados, o julgamento não poderá ser marcado.

Enquanto isso, Prestini segue aguardando o julgamento em liberdade, após decisão favorável do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), ao pedido de habeas corpus, em julho de 2019. Antes disso, ele ficou cinco meses no Presídio Regional de Blumenau. O Ministério Público até tentou fazer com o acusado retornasse à prisão, mas o pedido foi negado.

Como condições para liberdade, Prestini precisa comparecer em juízo a cada 30 dias para informar suas atividades e está proibido de frequentar bares ou boates. Também não pode se ausentar da cidade onde mora por mais de 30 dias, sem autorização judicial.

Prestini terá que ficar recolhido em casa entre as 20h e 6h, e em período integral nos dias de folga do trabalho. Ainda foi determinado a suspensão da habilitação para dirigir. Caso qualquer uma das condições seja descumprida, ele poderá ter a prisão novamente decretada.

No fim de 2019, a defesa do acusado tentou a liberação para que Prestini passasse virada de ano em Balneário Camboriú com a família. Porém, o pedido foi negado pela juíza Camila Murara Nicoletti, titular da Vara Criminal da comarca de Gaspar.

O acidente

Evanio Prestini dirigia um Jaguar que, em 23 de fevereiro, invadiu a pista contrária da BR-470, atingiu um Fiat Palio, de Blumenau, provocou morte de duas jovens e feriu outras três. De acordo com o teste de bafômetro feito pela PRF, ele havia ingerido bebida alcoólica antes de dirigir.

O Jaguar foi filmado minutos antes do acidente trafegando em zigue-zague pela BR-470, entre Ascurra e Indaial. O autor do vídeo denunciou conduta à Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Blumenau, mas Prestini não foi interceptado no posto de Blumenau. Por causa disso, três agentes da PRF estão sob investigação.

Conforme a perícia feita no Jaguar, o veículo estava acima da velocidade permitida no momento em que ocorreu o acidente. Morreram na tragédia Suelen Hedler da Silveira, 21 anos e Amanda Grabner, 18. Thayná Cirico, 20, Thainara Schwartz, 21, e Maria Eduarda Kraemer, 25 anos, ficaram feridas.

A defesa de Prestini alega que ele não pode ser responsabilizado pelo acidente, uma vez que teria invadido a pista contrária apenas momentaneamente para desviar de imperfeições do asfalto.

Na versão do motorista, o acidente foi causado pela inexperiência da motorista do Palio, que teria se assustado com a manobra e desviado para o lado esquerdo.