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“Aqui não tem ninguém defendendo o estudante”, diz aluna da Elza Pacheco

Alunos que participaram da sessão da Câmara criticam reação a palestras sobre identidade de gênero

Estudantes da Escola Elza Pacheco estiveram presentes na sessão ordinária da Câmara de Vereadores que discutiu moção de repúdio contra palestras sobre identidade de gênero que serão ministradas na escola.

Entre os gritos de vereadores e manifestantes, ninguém ouviu o lado dos alunos. Uma delas, Karla Veronica Wisnieski, tentou se expressar, mas o espaço não foi aberto pelo vice-presidente da Câmara, Almir Vieira.

“Na escola, eles não mostram vídeos com homens ou mulheres se beijando. Não, é totalmente o contrário. Eles mostram a realidade, o que as pessoas passam, os problemas com a aceitação da família, entre outras questões. Parece que as pessoas focaram na sexualidade e esqueceram todos os lados que o problema envolve”, explicou Karla.

Os próprios estudantes da Elza Pacheco escolheram os temas do evento, agendado para o mês de novembro. Além de gênero, serão discutidas diversidade cultural e religiosa.

“Eu não entendia. Eu poderia me considerar homofóbica, porque eu não entendia. A partir desse projeto, eu entendi. Talvez muita gente ainda não entenda porque não sabe o que se passa. Depois do projeto você sabe que o respeito está acima de tudo”, fala a estudante.

Emily Fernanda Pedroso diz que a vontade de aprender vem dos alunos.

“Nós queremos saber mais, aprender mais sobre isso. Muita gente não entende. Entender que é preciso respeitar”, protestou.