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Arquiteto de Blumenau cria acervo para democratizar acesso à arte

Lucas Bastos iniciou curadoria há cerca de um ano

Apaixonado por artesanato e pintura desde criança, o arquiteto Lucas Bastos sempre questionou o fato de que as obras de arte pareciam reservadas a museus e galerias. Natural de Indaial, ele se mudou para Blumenau há cerca de três anos para tocar o escritório e, há quase um ano, iniciou um acervo de obras artísticas.

O objetivo é facilitar o acesso de clientes e outros arquitetos a artes plásticas, especialmente no formato da serigrafia. A técnica em impressão permite um número limitado de cópias, tornando as obras mais acessíveis – tanto financeiramente quanto em questão de transporte.

Durante os projetos que executa, Lucas aproveita as obras que têm disponíveis para mostrar possibilidades reais de decoração aos clientes. Outros, com serviços já executados, também procuram ele para encomendar artes. Além de colegas arquitetos, que compram as peças para clientes.

Trajetória

Atuando na arquitetura há cerca de cinco anos, foi apenas em agosto do ano passado que o arquiteto de 28 anos começou a se aventurar no mundo da arte. Uma cliente, que também colecionava algumas obras, ofereceu parte do acervo à venda.

Foi a partir daí que ele começou a buscar obras de serigrafia de arte moderna. Dentre os nomes estão os brasileiros Burle Marx, di Cavalcanti, Alfredo Volpi e Djanira da Motta e Silva.

Alice Kienen/O Município Blumenau
Alice Kienen/O Município Blumenau

“O papel e a forma de impressão, quase como um carimbo, tornam a arte mais acessível ao público. Além disso, apesar de haver cópias da mesma obra, o número é limitado. Assim o cliente sabe quantas peças daquela existem”, reforça.

O plano de Lucas é seguir atuando com o escritório de arquitetura enquanto apresenta as obras aos clientes e colegas arquitetos. Para ele, trazer artistas nacionais e investir em nomes locais para disseminar a arte é algo pouco explorado na cidade.

“Antigamente você precisava pagar alguém para contar e tocar na sua casa, mas hoje a música é super popular. Já a pintura ficou restrita a museus e exposições. Quero mostrar que é possível ter arte dentro da nossa casa, sem necessariamente ser uma tela única e caríssima”, conta.

Alice Kienen/O Município Blumenau
Alice Kienen/O Município Blumenau
Alice Kienen/O Município Blumenau

A curadoria da Arquivo Arte também busca reduzir a reprodução de cópias falsificadas, que buscam democratizar o acesso à arte, mas acabam desvalorizando o artista. Dentre as obras que ele oferece, os valores variam entre R$ 900 e 4 mil.


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