X
X

Buscar

Assembleia confirma greve dos trabalhadores da coleta de lixo de Blumenau

Movimento iniciou após morte de trabalhador, que foi atingido por um caminhão no dia 10 de setembro

Os trabalhadores da coleta de lixo de Blumenau confirmaram neste sábado, 21, a paralisação do serviço na cidade em assembleia. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Privadas de Limpeza Urbana e afins no Estado de Santa Catarina (Sintiplu-SC), Francisco Porrua Junior.

A categoria comunicou o estado de greve 72 horas antes da decisão oficial, na última quarta-feira, 18, como define lei. O presidente havia dito durante a semana que o clima era “tenso” nas negociações entre categoria de trabalhadores e a Racli Limpeza Urbana, responsável pela coleta de lixo urbana de Blumenau.

Quem decidirá o tempo de duração será a Justiça. Como a coleta de lixo e limpeza urbana é considerada serviço essencial, segundo a lei, 30% da frota deve seguir ativa durante a greve.

Reivindicações da categoria

A categoria tem algumas reivindicações como nova frota de veículos, aumento de salários e do vale-alimentação, além de mais segurança para os trabalhadores.

O movimento iniciou após o acidente que causou a morte de Ezequiel Albino Ramiro, de 27 anos, que foi atingido por um caminhão no dia 10 de setembro.

“Isso gerou uma comoção, pois foi uma tragédia. Como foi uma tragédia, as medidas legais relacionadas ao acidente foram todas tomadas. Na sequência houve uma manifestação dos trabalhadores que procuraram o sindicato e que estão descontentes com as normas de segurança e aproveitaram esse mesmo momento para reivindicar melhorias no salário e remuneração em geral”, explicou Francisco em entrevista ao jornal O Município Blumenau na quinta-feira, 19.

Estado de greve

De acordo com Francisco, após os fatos foi marcada uma reunião com a Racli, que ocorreu na terça-feira, 17. O encontro teve horas de duração. De acordo com a ata da reunião, participaram do encontro o presidente do Sinteplu-SC, bem como os advogados, representantes dos trabalhadores da empresa, assim como os advogados da Racli e o Diretor de Operações e o engenheiro de Segurança da empresa.

“Aconteceu a reunião, foi uma reunião tensa, das 10h30 até as 16h, e não avançamos muito nas cláusulas econômicas. Avançamos nas cláusulas relacionadas à segurança com manutenção de caminhão e segurança no trabalho. Foi levado para a assembleia o resultado da reunião e foi deliberado que entraremos em estado de greve, pois precisamos dar um prazo legal para a empresa, que são 72 horas. Se nesse período não acontecer nenhum avanço nessa negociação e que atenda os anseios da categoria, aí sim se deflagra a greve propriamente dita”, relata o presidente do Sintiplu-SC.

Demissões

O jornal O Município Blumenau recebeu a informação de que algumas pessoas teriam sido demitidas na quarta-feira, 18. No entanto, Francisco afirma que nenhum deles eram pessoas na linha de frente do movimento da categoria.

“A empresa, desde que pague os direitos dos empregados na demissão, pode demitir. Agora se nós deflagrarmos a greve no sábado, 21, no período de greve ela não pode demitir ninguém”, explica.

Leia os destaques da semana:

1. Quem é o blumenauense com mais de 100 mil seguidores com conteúdo de LoL
2. Produção blumenauense terá estreia em mostra de cinema nacional, em Blumenau
3. Goleiro blumenauense paga 20 mil euros para rescindir com clube europeu e disputar Copa do Mundo de Futsal
4. Jornal O Município Blumenau conquista segundo lugar estadual no Prêmio Sebrae de Jornalismo
5. Freak House Bar vai encerrar as atividades neste mês em Blumenau


Veja agora mesmo!

Peixe enrolado na cebola, Rollmops é resgatado ao prato dos blumenauenses: