Assistência Social se reúne com povo Xokleng em José Boiteux para ouvir demandas após período de chuvas
Reunião contou com lideranças da Terra Indígena Laklãnõ
Por Victor Guerreiro- 17/07/2024
- 8:23
Nesta terça-feira, 16, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Mulher e Família (SAS) se reuniu com a comunidade indígena em José Boiteux para escutar as demandas do povo Xokleng após o período de chuvas intensas.
Em nota, a secretária da SAS, Maria Helena Zimmermann, afirmou: “Desta vez tratamos especialmente dos encaminhamentos em relação às chuvas que acabam afetando diversas aldeias e trazendo problemas para os indígenas”.
A reunião aconteceu na Câmara de Vereadores e contou com lideranças da Terra Indígena Laklãnõ.
Ações do estado de SC
Outras reuniões já foram realizadas para apresentar as ações do estado na região, em especial na Barragem Norte. O Governo de Santa Catarina investirá cerca de R$ 8 milhões em obras para a comunidade indígena, o que poderá beneficiar mais de mil famílias.
Em outro evento, no dia 30 de abril, no qual o Ministério Público Federal participou, os indígenas foram atualizados sobre as etapa do acordo firmado com o Governo do Estado. O acordo inclui a construção de uma ponte e elevação de outra, construção de uma escola, campo de futebol, duas igrejas, melhorias nas estradas, entre outros.
Famílias cobram reparação desde os anos 70
A Barragem Norte começou a ser construída em 1972 para conter enchentes nas cidades do Médio Vale do Itajaí e trouxe impactos para famílias indígenas de José Boiteux, Victor Meireles, Dr. Pedrinho e Itaiópolis. O reservatório atingiu terras habitadas desde a década de 40, por isso as famílias cobram a reparação de danos.
Como determinado por Jorginho Mello, equipes da Defesa Civil, Assistência Social e outras secretarias estiveram em todas as aldeias para avaliar a situação e ouvir os indígenas sobre suas principais necessidades.
A secretária da SAS lembra que a intenção é sempre garantir os direitos da comunidade indígena, preservando sua história e cultura. “Entendemos a luta dos povos indígenas, mas estamos trabalhando para que esse impasse seja finalmente solucionado”, afirma em nota.
*Com informações de Helena Marquardt
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