Atleta que iniciou carreira em Blumenau é convocada para Mundial de Karatê na Itália

Saiba como ajudar Tamiris Drumond, campeã brasileira e catarinense de karatê, a competir em Veneza

A campeã brasileira de karatê, Tamiris Drumond, começou sua trajetória no esporte em Blumenau, quando tinha apenas 12 anos. Atualmente com 35, a carateca foi convocada pela Confederação Esportiva Educacional Brasileira a participar do Campeonato Mundial, de Karatê, que ocorrerá na Itália entre os dias 27 e 30 de outubro.

História no esporte

Natural de Minas Gerais, a história de Tamiris com o karatê começou a partir de um projeto desenvolvido nas escolas públicas de Blumenau, a fim de incentivar a prática ao esporte.

O técnico Vanderlei Oliveira dava aulas para os estudantes e cobrava uma taxa de apenas R$ 10. Foi devido ao incentivo dele, que passava nas salas de aula da EBM Francisco Lanser divulgando a ação, que Tamiris decidiu se aventurar no esporte.

A carateca conta que em todas as competições que participou, recebeu medalha de ouro. Ela é campeã catarinense e brasileira de karatê, tanto da categoria kata, que consiste em uma sequência de golpes decorados realizados com força e agilidade, quanto da kumite, que se trata do combate.

Tamiris Drumond, campeã brasileira de karatê. Foto: Arquivo pessoal.

Período de pausa

Além de carateca, Tamiris também é nutricionista. Durante a faculdade, ela recebeu uma bolsa de estudos fora do país e não conseguiu mais conciliar o karatê com as outras responsabilidades da vida adulta. Por isso, por um longo período, Tamiris se afastou do esporte.

Válvula de escape

A atleta só retomou o hobby da adolescência, em 2020, quando estava morando na Bahia. No mesmo ano, o marido de Tamiris faleceu, e foi a partir disso que ela começou a de fato se dedicar novamente ao karatê. Ela conta que concentrava suas energias no esporte para não pensar em tudo que tinha acontecido.

“Entrei de cabeça e essa dedicação gerou bons frutos. Para mim, o karatê representa superação”, afirma.

Luta para competir

Há um ano e meio Tamiris voltou a morar em Santa Catarina. Atualmente, ela possui um consultório em São José, onde atende como nutricionista. Porém, relata que ainda está conquistando seu espaço no ramo em SC.

Também em São José, Tamiris participa de um projeto em que consegue treinar gratuitamente. No entanto, o projeto não consegue custear condução para os atletas tampouco as viagens para competições. Por isso, caso queira competir, precisa conseguir pagar pelo transporte.

Para conseguir custear a viagem e competir no Mundial, Tamiris precisa arrecadar cerca de R$ 13 mil. Visto que a atleta não tem patrocínio, Tamiris está fazendo bolos para vender, para conseguir angariar fundos mais rapidamente.

A carateca afirma que os atletas sofrem em busca de patrocínio e suporte, e que ela sente isso na pele. “O que eu falo sempre é que a luta começa antes da luta. Estou lutando para conseguir ir, sendo que era para ser só uma honra eu poder estar lá”, diz.

Tamiris Drumond, campeã brasileira de karatê. Foto: Arquivo pessoal.

Como ajudar

A carateca vende os bolos na rua e diariamente divulga em suas redes sociais os lugares que estará comercializando os doces. Ela estipulou a meta de vender 50 bolos por dia. “Nem todo dia é um dia de vitória, mas as pessoas são bem carinhosas, tentam me ajudar também fazendo campanhas”, conta.

Para quem deseja apoiar Tamiris, mas não consegue ir até os locais onde ela vende os bolos, pode fazer doações através da chave pix, telefone: (48) 988169912.

Inspiração

Tamiris afirma que está muito feliz pela convocação ao Mundial e por ter se descoberto no karatê. A atleta ainda relata que deseja inspirar outras pessoas a partir de sua história.

“Eu tenho 35 anos, geralmente nessa idade muitos pensam que não dá para começar mais nada. Quero mostrar que é possível recomeçar, não só de um problema trágico, mas, por exemplo, muitas mulheres quando casam se anulam, quero que elas vejam minha história como um exemplo de que elas podem recomeçar e pensar mais em si”, finaliza.

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