Atriz Aracy Balabanian morre aos 83 anos
Morte foi confirmada na manhã desta segunda-feira
Morreu na manhã desta segunda-feira, 7, a atriz Aracy Balabanian, aos 83 anos. Ela estava internada em um hospital do Rio de Janeiro. No ano passado, Aracy foi diagnosticada com câncer no pulmão.
A notícia foi confirmada por portais de notícias.
Carreira
Ao longo dos anos, Aracy tornou-se uma das mais requisitadas atrizes da TV brasileira. Sua estreia na televisão ocorreu nos anos 1960, quando protagonizou sucessos como “Antônio Maria” (1968) e “Nino, o Italianinho” (1969) na extinta Tupi. Posteriormente, na estreia na Globo em “O Primeiro Amor” (1972), também como protagonista, continuou a brilhar. Ela alcançou destaque em outros trabalhos notáveis, incluindo o programa infantil “Vila Sésamo” (1972) e as novelas “Pecado Rasgado” (1978), “Coração Alado” (1980), “Elas por Elas” (1982), “Ti Ti Ti” (1985) e muitas outras.
Uma de suas personagens mais marcantes foi a Dona Armênia em “Rainha da Sucata” (1990), sempre cuidando das “três filhinhas” e com o bordão característico “Na chón!”. O sucesso foi tanto que a personagem voltou em outra novela de Silvio de Abreu, “Deus nos Acuda” (1992).
Aracy ainda recebeu prêmios por sua atuação como a italiana Filomena Ferreto em “A Próxima Vítima” (1995). Sua participação como Cassandra no seriado “Sai de Baixo” (1996-2002) também marcou sua carreira. Depois do término do seriado, ela voltou às novelas e atuou em produções como “Da Cor do Pecado” (2004), “Passione” (2010), “Cheias de Charme” (2012), “Geração Brasil” (2016) e muitas outras.
Família e teatro
Os pais de Aracy vieram da Armênia para o Brasil, fugindo do genocídio promovido pelos turcos otomanos em seu país natal. Estabeleceram-se em Campo Grande, capital do atual estado de Mato Grosso do Sul, onde Aracy e seus irmãos nasceram. Seu pai, Rafael Balabanian, era comerciante, e sua mãe, Estér Balabanian, era dona de casa.
Quando tinha quinze anos, Aracy mudou-se para São Paulo com seus sete irmãos e ajudava seus pais a criar os irmãos mais novos. Ela conseguiu passar no vestibular para Ciências Sociais e para a Escola de Arte Dramática, mas optou por seguir sua verdadeira paixão, o teatro, abandonando os estudos de sociologia.
Na época em que Aracy começou sua carreira, era considerado inaceitável para uma mulher se dedicar ao teatro, pois o papel tradicional reservado para elas era o de donas de casa e cuidadoras domésticas.
Colaborou: Otávio Timm
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