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Aumentam casos de animais domésticos picados por cobras em Blumenau; saiba como agir

Com o aumento da temperatura, crescem também os casos de acidentes com animais peçonhentos. Em Blumenau, somente na semana passada, três cães foram encaminhados para uma clínica veterinária por picada de cobra. Um dos casos teve grande repercussão.

Ao chegar em casa, a moradora do bairro Fortaleza Fernanda Filippus encontrou uma cobra ao lado das duas cachorrinhas de estimação. Fiona e Mel, que tinham até perfil nas redes sociais, foram encaminhadas para uma clínica veterinária, mas não resistiram.

A cobra, da espécie coral, estava na garagem da casa. Fernanda chegou até a espantar o animal, sem saber que as cachorrinhas haviam sido picadas. Apesar do rápido socorro, Fiona e Mel tiveram parada cardiorrespiratória.

Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros, Airton César Schmits, é comum as cobras saírem dos habitats em dias quentes, principalmente após temperaturas mais amenas, quando elas ficam abrigadas e com pouco alimento. Com a chegada do calor, saem em busca de comida.

Não é comum elas entrarem no interior das residências, exceto quando se perdem ou tentam fugir de algo, mas pode acontecer. Na nossa região, as espécies mais comuns são a coral, jararaca e jararacuçu. A primeira normalmente não ataca, procura se esconder. Já as duas últimas são mais agressivas.

Schmits acredita que no caso da Fernanda, as cachorrinhas provavelmente brincaram com a coral, que atacou para se defender. Normalmente quando se encontra uma há outras por perto.

“É muito raro na nossa região ocorrer morte por picadas de cobra”, garante o sargento.

Coral verdadeira X falsa

Schmits alerta que em qualquer situação as serpentes devem ser tratadas como verdadeiras. Porém, explica que no caso das corais as perigosas possuem as cores vermelho, preto, branco ou branco mais amarelado.

“Em caso de trilhas, 80% das picadas ocorrem abaixo do joelho. Use proteções nesse local do corpo e calçado adequado para diminuir as chances de ataque”, instrui.

Se for picada, a orientação é que a pessoa permaneça deitada, à espera de socorro. Pode-se lavar o local com água em abundância, mas nada de torniquetes ou cortes na pele – é tudo “crendice” de acordo com Schmits.

Assista à entrevista com o sargento (a partir de 17’05”):