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Aumento de casos de meningite gera alerta em Blumenau

Vigilância Sanitária está instruindo escolas afetadas pela infecção

O aumento de casos notificados de meningite em Blumenau levou a Vigilância Epidemiológica a emitir um alerta ao município. Em duas semanas epidemiológicas, mais de cinco crianças receberam o diagnóstico da doença – seja por transmissão viral ou bacteriana.

O primeiro período foi entre 25 de junho e 1º de julho, quando Blumenau registrou seis casos de meningite viral e duas de bactérias não identificadas. Já entre 6 e 12 de agosto foram seis casos no total, sendo dois bacterianos.

Casos em escolas

A principal preocupação da Vigilância Epidemiológica é a quantidade de casos registrados em crianças que frequentam instituições de ensino do município, especialmente na região da Escola Agrícola. Duas crianças da mesma turma receberam o diagnóstico em um CEI. Uma delas tem 4 e a outra 5 anos.

Ambas tiveram exames que indicaram Meningite Bacteriana, porém não foi possível identificar a bactéria envolvida. Elas foram internadas em um hospital do município e já receberam alta.

Todos os locais em que os casos de meningite foram notificados, como Centros de
Educação Infantil e também Escolas do município foram comunicados sobre a existência deles, e, orientados medidas de prevenção e controle da doença”, ressaltou a nota de alerta.

O secretário de Promoção da Saúde, Marcelo Lanzarin, diz que a busca pelos serviços de saúde pode aumentar e enfatiza que os profissionais das unidades estarão atentos para atender e identificar os casos suspeitos.

Como detectar

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal e é causada por bactérias, vírus, fungos, outros agentes ou
processos não infecciosos.

De um modo geral, a meningite bacteriana é a mais grave e dentre elas merecem atenção
especial a Doença Meningocócica e a Meningite por Hemóphilus influenzae B (Hib). São as
únicas para quais, dentro dos critérios padronizados, faz-se uso da quimioprofilaxia para os
contatos.

Nos adultos, a Meningite Pneumocócica é a forma bacteriana mais comum, é causada por
Streptococcus pneumoniae (pneumococo) que são cocos Gram positivos dispostos aos pares.

Sintomas da meningite

Os principais sintomas são febre, cefaleia, náuseas, vômitos, rigidez de nuca, sinais de
irritação meníngea (Kernig e Brudzinski), dor muscular/articular, letargia, irritabilidade,
dificuldade respiratória, alteração no estado mental e petéquias.

Em crianças pequenas: abaulamento e/ou aumento de tensão da fontanela, gemência, irritabilidade e apatia que se alternam, recusa alimentar, respiração irregular. Convulsões, sinais neurológicos focais e coma são complicações que ocorrem dependendo do comprometimento encefálico.

Diagnóstico da meningite

O diagnóstico é feito através da análise do liquor, sangue e da hemocultura (suspeita de
meningococcemia). A antibioticoterapia, quando indicada, deve ser instituída o mais
precocemente possível. A quimioprofilaxia e a vigilância por 10 dias (do início dos sintomas) estão indicadas para os contatos íntimos do doente, conforme orientações da Vigilância Epidemiológica.

“O Programa Nacional de Imunizações disponibiliza gratuitamente vacinas para a prevenção
de meningites causadas por vários microorganismos, como por exemplo, o Haemophilus
Influenzae B, meningococo, pneumococo, entre outros. É essencial manter o esquema vacinal de toda a população em dia, aproveitando todas as oportunidades de contato com os usuários para avaliação da situação vacinal”, ressalta a nota.

Formas de prevenção

• Mantenha os ambientes ventilados;
• Lave as mãos com água e sabão frequentemente;
• Mantenha uma higiene rigorosa nos utensílios do dia a dia.


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