Autores de latrocínio de policial militar em Guabiruba são condenados pela Justiça
Crime ocorreu quando cabo Everaldo de Campos fazia o transporte de malotes de dinheiro até banco
Quatro homens foram condenados pelo roubo seguido da morte do cabo da Polícia Militar, Everaldo de Campos. O crime ocorreu no dia 11 de setembro, em Guabiruba. A vítima, segundo as investigações, costumava trasportar malotes de dinheiro entre um supermercado e uma agência bancária do Centro do município. No local, ele foi surpreendido pelos criminosos armados. Ao todo, cinco pessoas participaram da ação.
Quatro homens saíram de um Hyundai HB20 com as armas em punho. Os homens usavam coletes à prova de balas e balaclavas, para dificultar o reconhecimento. De acordo com o documento, assinado pelo juiz da Vara Criminal, Edemar Leopoldo Schlösser, os disparos ocorreram “à queima roupa, com manifesta intenção de matá-lo para se apoderar do malote”. Campos foi atingido sete vezes por disparos de pistola 9 milímetros e fuzil, sem “qualquer chance de defesa ou possibilidade de se defender ou mesmo apenas entregar o malote”.
Na época, parte dos criminosos trocaram o carro utilizado na fuga por um caminhão. O HB20 foi abandonado em uma rua de terra, transversal à rua Guabiruba Sul. Lá o motorista era aguardado por um comparsa em um Prisma. Parte seguiu no automóvel e parte no caminhão. O grupo se reuniu no pátio de uma empresa no bairro Bateas, em Brusque. De lá, eles tentaram fugir em um Ford Ka. O corpo de um dos integrantes do grupo, que morreu após um disparo acidental contra a própria perna, foi deixado às margens da BR 101, no bairro Brilhante, já em Itajaí.
As penas
Pela decisão da Justiça Alessandro Lussoli, 42, o motorista do caminhão que ajudou na fuga, foi condenado às penas de 20 anos de reclusão, em regime fechado, e 125 dias-multa. Ele teria sido contratado por R$ 8 mil, foi preso poucos dias após o crime e, hoje, está recolhido na Unidade Prisional Avançada (UPA) do município de Brusque. Além dele, Mário Sérgio Faust, o Magrelo, 46, teve pena de 30 anos em regime fechado, além de 360 dias multa. Ele havia sido preso em Curitiba, em dezembro.
Magrelo é indicado como um dos mentores do crime junto com Olmiro Severo, o Miro, 44, e Rafael Fontini. Faust e Miro estavam estavam no Ford Ka, enquanto Fontini era o condutor do Prisma. A dupla teria feito os pagamentos, limpeza dos veículos e dividiram os lucros do roubo. Magrelo também cumpre pena na UPA e foi condenado a 30 anos em regime fechado, além de 360 dias-multa. Foragido, Miro teve pena de 23 anos e quatro meses, com 126 dias-multa.
Jhonatan Machado, com 18 anos na época e Lucas Ribeiro, que morreu durante a ação, teriam feito os disparos contra o cabo da PM. Com isso, Machado cumprirá pena de 23 anos e quatro meses, mais 243 dias-multa. Ele foi preso em Florianópolis, em outubro do ano passado. Nenhum deles terá direito de recorrer em liberdade, com isso eles permanecem na UPA.