Bloqueios nas estradas afetam postos, supermercados, serviços e até feira na Vila Germânica
Confira os impactos gerados pelos protestos na cidade
Por Bianca Bertoli- 23/05/2018
- 18:00
Colaboraram Evandro de Assis, Julia S. Schaefer, Sávio James Pereira e Renata Westphal
A greve dos caminhoneiros completou o terceiro dia em Santa Catarina com reflexos no comércio, em serviços e principalmente nos postos de combustíveis. A reportagem do Município Blumenau consultou empresários e órgãos públicos sobre os impactos já sentidos e a previsão para os próximos dias. Confira:
Supermercados
Os supermercados de Blumenau já começam a sentir as consequências da greve dos caminhoneiros. Sem a reposição de alimentos, principalmente os perecíveis, a previsão é de que comecem a faltar itens nas prateleiras. Alguns, inclusive, já estão em falta.
A reportagem conversou com representantes de diversas redes, como Bistek, Giassi, Top, Galegão e Cooper. A situação é a mesma em todos os locais. A previsão é de que, se a greve continuar até o fim da semana, faltarão diversos tipos de carnes nos açougues, frutas, lacticínios e itens de mercearia.
O gerente do Giassi, Fernando Pereira, conta que alguns alimentos do hortifruti já estão acabando. O caminhão que deveria ter vindo nesta terça-feira, 22, não chegou ao Bistek, algo que deve impactar na venda de carnes a partir desta quinta, 24. Aos poucos, os estoques vão ficando vazios em todos os estabelecimentos da cidade.
Alimentos e bebidas
Algumas distribuidoras de alimentos e bebidas de Blumenau também estão sendo afetadas pela greve. Elas atendem comércios e restaurantes. A Comércio e Representações Cidade Jardim informou que já sente a falta de alguns produtos. A situação é a mesma na Dovale Distribuidor de Alimentos.
Os alimentos que vêm do Oeste, principalmente congelados, já estão em falta. Na Segala’s, uma das maiores distribuidoras de carnes da região, o abastecimento continua normal. A previsão é de que somente haverá impactos se a greve se estender até a semana que vem.
Ceasa
Segundo o gerente do Ceasa de Blumenau, Alexandre Roberto Klug, na manhã desta quarta-feira não houve registro de desabastecimento, mas há previsão de transtornos para a manhã de quinta, 23.
Postos de combustíveis
Há formação de filas em praticamente todos os postos de Blumenau. Começa a faltar gasolina, etanol e diesel em diversos estabelecimentos.
Transporte coletivo
Em uma nota divulgada pela assessoria de imprensa, a BluMob informou que está estudando todo o cenário sobre a oferta de óleo diesel para os veículos. Por hora, não há alterações no transporte coletivo da cidade.
Polícia Militar
A corporação possui uma cota especial de reserva com os postos contratados na cidade. Essa cota seria suficiente para abastecer as viaturas por até uma semana.
Bombeiros
O 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar em Blumenau informou ter tomado providências para garantir combustível para os serviços emergenciais “por um tempo de segurança”.
Fenahabit
Expositores da Feira Nacional das Tecnologias de Habitação, Construção e Imobiliário (Fenahabit), que começa quinta-feira, dia 24, no Parque Vila Germânica, estão enfrentando dificuldades para montar os estandes. A empresa Plaforte, por exemplo, ainda não sabe se conseguirá participar da feira, porque caminhões não estão conseguindo chegar à cidade.
Segundo informações repassadas pela assessoria de comunicação, outras expositoras de estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo estão com problemas semelhantes.
Coleta de lixo e esgoto
Devido à greve dos caminhoneiros, o transbordo da coleta de lixo ocorre de forma deficiente. A quantidade de lixo levada até Brusque diminuiu e o Samae realiza um armazenamento temporário dos resíduos coletados na cidade. Para evitar maiores complicações, os veículos que realizam o transbordo alteraram a rota, passando agora pelas ruas 2 de Setembro, República Argentina e Rodovia Jorge Lacerda. A coleta de lixo, tanto seletiva, quanto convencional não teve problemas e ocorre normalmente na cidade.
Apesar da greve, o Samae recebeu ontem, dia 22, os produtos químicos necessários para o tratamento de água e, por hora, não terá problemas com o abastecimento na cidade.
