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“Blumenau não perdeu uma empresa, e sim ganhou novas oportunidades”, diz Fábio Hering

Em coletiva de imprensa com veículos de comunicação regional, presidente da empresa comentou aquisição da marca pelo Grupo Soma

O presidente da Cia. Hering, Fábio Hering, reservou parte da sua tarde para esclarecer dúvidas da imprensa de Blumenau e região em uma coletiva digital realizada nesta quarta-feira, 28. O foco foi não só o de esclarecer as principais dúvidas relativas à aquisição da marca pelo grupo Soma, mas também em confirmar a manutenção da identidade da empresa com a cidade onde tudo nasceu.

Embora toda a mídia nacional tenha dado o enfoque no sentido de que a transação já foi realizada, Fábio fez questão de reforçar em todo momento da entrevista de que a proposta ainda passará por avaliação e aprovação das assembleias das duas empresas e também por órgãos reguladores antes da assinatura final.

Contudo, foi deixado claro de que há interesse de todas as partes envolvidas, sendo, portanto, apenas os trâmites burocráticos o que impede os próximos passos desta parceria.

Futuro da Cia. Hering em Blumenau

Durante a coletiva, um dos principais pontos questionados foi quanto à identidade da Cia. Hering com Blumenau e também a manutenção da chamada empresa matriz, no bairro Bom Retiro. Segundo Fábio, não só nada muda como há projeção de crescimento nos investimentos dentro da cidade.

“Não é esta fusão que determinará qualquer mudança. Por toda a vida teremos sempre a Hering como uma marca que nós temos em Blumenau. Não há nenhuma forma ou intenção de mudar isso. O parque fabril da região do Vale do Itajaí permanece como está e talvez venha até a crescer”.

O presidente da companhia comentou que a área de inovação, tecnologia e criatividade pode ser o foco deste desenvolvimento na cidade.

“Blumenau não perdeu mais uma empresa, ganhou a associação desta empresa a um grande grupo de moda. Com isso há grandes oportunidades. Podemos criar, por exemplo, um laboratório de inovação, já que é uma região que sempre despontou na tecnologia da informação. Há muitas coisas legais para serem construídas aí”.

Detalhes da transação

De acordo com informações do presidente, os acionistas da Hering receberão uma parte menor da negociação em dinheiro e outra maior em ações, especificamente 34% em negócios da nova companhia, se confirmado o processo de incorporação.

Fábio falou sobre todo o processo até que o acordo chegasse no patamar em que está. “A impressão que dá é que isso foi rápido, e de fato o ato de fazer aconteceu durou poucos dias, mas a relação de troca de ideias e informações com os acionistas desse grupo ocorre há cerca de dez anos”.

O presidente da Cia. Hering reforçou ao longo da entrevista, também, a questão da sinergia entre as duas empresas.

“Não é uma transação pura de compra e venda. Sob o aspecto societário pode parecer, mas o foco e a preocupação é com as pessoas, porque cada vez mais o que a gente acredita é que a união e a fusão só dá certo se houver de fato essa cultura convergente entre as pessoas e as organizações. Não se faz mais hoje em dia fusões cuja orientação principal é foco em custo e cortar despesas, hoje o que é próspero e o que os negócios demonstram é a busca de sinergia lá em cima, na receita, ele sim é o que cria valor para as empresas”.


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