Blumenau tem 10 medicamentos em falta na farmácia pública; confira lista

Segundo Secretaria de Saúde, oito estão sem previsão para chegarem

A falta de medicamentos nas farmácias públicas em todo o país atingiu também Blumenau. Dos 160 medicamentos que são disponibilizados gratuitamente à comunidade, 10 estão em falta. A informação foi confirmada pelo jornal O Município Blumenau junto à Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com o secretário municipal, Marcelo Lanzarin, todos os remédios são comprados pela prefeitura ou governo estadual. Dos 10 em falta, dois estão com previsão de chegar ainda em outubro, porém, outros oito estão sem previsão de compra. Além disso, a maior parte dos remédios faltantes tem o mesmo motivo: a falta de insumos no mercado.

“O problema nem é atraso de entrega ou por compra, mas sim porque nem as distribuidoras sabem quando terão disponível. É um problema nacional, e não só público, porque vemos que as farmácias privadas também estão com isso. Falta insumo, então os laboratórios não conseguem enviar”.

Da lista de desabastecimento, apenas um é de uso contínuo. A Glibenclamida, utilizada para o tratamento de diabetes, está em falta há algum tempo. De acordo com Lanzarin, em Blumenau outros medicamentos acabam sendo utilizados como “substitutos”, nesse caso.

“É um medicamento que pode ser utilizado sozinho ou associado a outro medicamento. Às vezes o paciente toma mais de um. Mas se ele toma só a Glibenclamida, ajustamos com algum outro que está disponível, por exemplo”, explicou.

Os remédios utilizados para suprir a falta são metformina 500 mg e 850 mg, gliclazida 60 mg e insulinas NPG e regular.

Problema nacional

Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) em 2.469 cidades do país apontou que mais de 80% das prefeituras sofrem com o desabastecimento de remédios. A pesquisa foi realizada em julho deste ano, mas o problema ainda não teve resolução.

Assim como em Blumenau, a falta de insumos para os laboratórios era o motivo mais relatado.A CNM sugeriu às prefeituras que alegaram problemas na insuficiência de medicamentos para elencar os tipos de remédios da lista básica de uma listagem pré-estabelecida na pesquisa.

Nesse contexto, a falta de amoxicilina (antibiótico) foi apontada por 68% (1.350) dos municípios que responderam o questionamento. A ausência de Dipirona na rede de atendimento municipal (anti-inflamatório, analgésico e antitérmico) foi apontada por em 65,6%, ou 1.302 cidades.