Blumenau tem aumento de 22% nos incêndios em edificações em 2021

Dados do Corpo de Bombeiros comparam os primeiros oito meses do ano

De janeiro a agosto de 2021 houve um aumento de 22% no volume de incêndios em edificações de Blumenau na comparação com o mesmo período de 2020. Segundo dados do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) houve 93 incêndios nestes oito primeiros meses do ano, enquanto em 2020 foram 76.

Este número leva em consideração todos os incêndios em estruturas, podendo ser residencial, comercial ou industrial. Este foi o único índice em que houve aumento, já que a cidade registrou uma redução nos incêndios em vegetação (de 132 caiu para 54, queda de 59%) e também nos incêndios veiculares (queda de 43 casos em 2020 para 30 em 2021, redução de 30%).

Ou seja, no total de incêndios atendidos pelo CBMSC de Blumenau de janeiro a agosto, houve, na verdade, uma redução, mas os casos em edificações tomaram o caminho contrário. Foram 161 incêndios totais em 2021 e 232 em 2020.

Medicina hiperbárica como tratamento a vítimas de incêndio

Os incêndios estruturais podem resultar em vítimas, seja com queimaduras ou mesmo com sequelas da inalação de fumaças tóxicas provenientes da queima dos mais diferentes produtos e materiais. Em Blumenau, um tratamento indolor e que não envolve cirurgias vem resultando na recuperação destes pacientes de maneira eficaz e em curto espaço de tempo.

A medicina hiperbárica consiste no aumento da pressão parcial de oxigênio no sangue provocada intencionalmente por meio da inalação de oxigênio puro, de uso hospitalar, respirado em ambiente com a pressão acima da atmosférica – conhecido como ambiente hiperbárico.

O paciente entra em uma câmara hiperbárica, que se assemelha à estrutura de um submarino, com a pressão como se estivesse a 15 metros abaixo do nível do mar e passa a receber o oxigênio 100% puro. Isso aumenta de maneira bastante significativa a quantidade de oxigênio transportado pelo sangue, cerca de 20 vezes mais do que uma pessoa que está no nível do mar.

Câmara hiperbárica da Hiperox, em Blumenau. Foto: Cristóvão Vieira

Para o caso de queimaduras e cicatrizes, este tratamento compensa a deficiência de oxigênio que ocorre nos entupimentos ou destruição de vasos sanguíneos normalizando a cicatrização de feridas crônicas e agudas.

Já aos pacientes que inalaram fumaças e gases tóxicos, a oxigenoterapia hiperbárica é uma tratamento útil para melhora mais rápida e com menos sequelas após a alta por conseguir deslocar os gases ligados a hemoglobina e restaurar a respiração aeróbica.

Em Blumenau, a Hiperox atua há quase 20 anos no segmento. A empresa é a pioneira do estado de Santa Catarina e a única na cidade ainda hoje. Segundo o médico hiperbárico doutor Roque Angerami o nível de sucesso nos procedimentos é alto.

Controle da câmara hiperbárica. Foto: Cristóvão Vieira

“Nós conseguimos resgatar a dignidade e a qualidade de vida destes pacientes. Não tem preço ver pessoas que se sentiam envergonhadas, com queimaduras e cicatrizes pela pele, voltando a usar roupas confortáveis e a reaparecer em público”.

Segundo doutor Roque, a medicina hiperbárica é eficaz na redução de feridas de difícil cicatrização, feridas no osso, reparo de cirurgias estéticas e acidentes com mergulhos.


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