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Golpistas simulam telefonema de banco e blumenauense perde R$ 58 mil

Polícia Civil investiga como estelionatários conseguiram desviar dinheiro da conta do cliente

Um empresário de Blumenau perdeu R$ 58 mil em um complexo golpe bancário. O dinheiro foi desviado da conta da vítima depois que um dos estelionatários ligou simulando ser um funcionário do banco. Detalhe: o número registrado na chamada era o mesmo da agência na cidade.

A Polícia Civil afirma que é o primeiro caso desse golpe em Blumenau. Há registros em São Paulo, com algumas variações na forma de atuação dos criminosos. As vítimas são clientes de diversos bancos. Em Blumenau, foi no Santander.

De acordo com o blumenauense, que não quis se identificar, tudo começou em meados de novembro, quando ele perdeu acesso ao aplicativo do banco no smartphone. Horas depois, o telefone tocou e o número que aparecia na tela era o da agência do banco.

A voz do outro lado da linha informava que o cliente deveria ir até a agência e usar um caixa eletrônico para desbloquear o aplicativo. Ele cumpriu a instrução, mas não conseguiu desbloquear imediatamente.

Então, os golpistas ofereceram a solução por telefone, solicitando dados pessoais. Como o número era conhecido, o empresário confiou nas orientações.

No dia seguinte, o aplicativo continuava bloqueado. Quando telefonou para o banco, foi chamado à agência para ser informado de que havia sido furtado. Foram oito transações para contas de pessoas físicas no estado de São Paulo.

Segundo o delegado Lucas Gomes de Almeida, a suspeita é de que os estelionatários usem documentos furtados ou laranjas para abrir as contas que receptam o dinheiro desviado.

O empresário ainda não conseguiu reaver o dinheiro e pretende entrar com uma ação judicial contra o banco.

Falso 0800

Em São Paulo, o golpe é chamado de Falso 0800 (fora das capitais, como em Blumenau, o atendimento telefônico dos bancos se dá via números comerciais normais).

Conforme Almeida, a fraude começa com invasões a smartphones e computadores feitas via redes de internet wi-fi em que as vítimas se conectam. A partir daí, conseguem hackear os aplicativos de bancos.

No golpe ocorrido em Blumenau, a polícia tenta descobrir como o grupo conseguiu mascarar o telefone da agência bancária local para dar o passo seguinte e coletar os dados do cliente.

“A partir do momento que ligam do número do seu banco, do número que você está habituado a fazer contato, qualquer pessoa está sujeita a cair num golpe desses. Você tem que ser muito especialista para decifrar se é golpe ou não”, analisa o delegado.

Não forneça dados por telefone

Tanto a polícia quanto os bancos nacionais orientam os clientes a não passar por telefone dados pessoais, como CPF, número do cartão de crédito e senhas. As instituições financeiras não solicitam informações como essas por ligações telefônicas.

Se suspeitar de um golpe, procure um funcionário da agência que você já conhece, como o gerente da sua conta.

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