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Blumenauenses criam “Contra Censo da Diversidade” para identificar pessoas LGBTQIA+ no Vale do Itajaí

ONG e Grupo de Estudos destaca a falta de diversidade do Censo do IBGE

Uma parceria entre a ONG Mães do Amor em Defesa da Diversidade e o Grupo de Estudos Vozes Livres, do programa de Pós-Graduação em Educação da Furb, está elaborando o “Contra Censo da Diversidade” no Vale do Itajaí. O objetivo é identificar o número de pessoas LGBTQIA+ na região, que não podem ser declaradas no Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No Censo 2022, a população responde ao questionário que é realizado pessoalmente pelos recenseadores. Entretanto, quando questionado sobre sexo, as pessoas só podem responder pelo biológico. Ou seja, pessoas transexuais e travestis, por exemplo, não podem se declarar pelos nomes e gêneros os quais se identificam.

Vale destacar que antes do início do Censo 2022, a Justiça Federal do Acre chegou a determinar que fossem incluídas questões sobre orientação sexual na pesquisa. Entretanto, o IBGE recorreu da decisão afirmando que a inclusão das perguntas iria adiar mais uma vez a realização do questionário – que era para ter sido feito em 2020, mas foi adiado pela pandemia.

Além disso, o IBGE informou ainda que o impacto financeiro da mudança em cima da hora seria severo. “Inserir tais quesitos em um Censo Demográfico, em cima da hora, sem prévios estudos, testes e treinamentos, seria ignorar a complexidade e o rigor de uma operação censitária do porte continental da brasileira”, justificou o Instituto.

O questionário

O Contra Censo da Diversidade, criado pela ONG Mães do Amor, também faz diversos questionamentos aos entrevistados, como idade, identidade de gênero, orientação sexual, se já foi vítima de atos de violência, se buscou atendimento em delegacia ou em postos de saúde, como foi o atendimento, em quais lugares se sente seguro ou vulnerável, renda, escolaridade, se abandonou os estudos, se faz uso de medicamentos psiquiátricos e se está em situação de vulnerabilidade.

“O objetivo é dar visibilidade às pessoas LGBTQIA+ de todo o Vale do Itajaí para que, com os resultados da pesquisa, possamos reivindicar e buscar políticas públicas que acolham e respeitem essa comunidade” destaca o texto divulgado pela ONG Mães do Amor.

A pesquisa é realizada pela internet e pode ser respondida por este link.

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