Blutrafos tem plano de recuperação judicial aprovado por mais de 90% dos credores

Um importante passo para a manutenção e geração de empregos em Blumenau e região foi dado na última semana. A empresa Blutrafos – que tem mais de 30 anos de história no mercado de transformadores, painéis e soluções customizadas – teve seu plano de recuperação judicial aprovado por mais de 90% dos credores.

Atualmente, a Blutrafos é composta por cerca de 300 colaboradores e tem reconhecimento nacional no ramo em que atua. Contudo, apesar deste destaque em nível nacional, a empresa precisou encarar as dificuldades do cenário macroeconômico, requerendo recuperação judicial em 2013.

Durante todo o processo, a empresa, que tem sede em Blumenau, precisou ser resiliente para superar grande parte dos obstáculos decorrentes do processo judicial. Após nove anos, enfim o plano de recuperação judicial foi apresentado no dia 26 de julho de 2022.

O documento é o resultado do trabalho em conjunto da Conwert Consultoria, do escritório Guerrero Pitrez Advogados e também dos gestores da Blutrafos. “O plano apresentado foi bem compreendido e aceito pelos credores”, explica Andrei Cota, sócio da Conwert.

Para a doutora Raquel Amorim, da Guerrero Pitrez – banca responsável pela condução do processo -, este passo é importante não somente para a preservação das atividades da empresa, mas também para o seu desenvolvimento e, consequentemente, a possibilidade de proporcionar mais emprego. “Esta decisão soberana dos credores possibilita a manutenção das atividades e a geração de postos de trabalho”.

Próximos passos

O fato de a condição de pagamento ter sido aceita pelos credores é considerada a principal vitória do processo de recuperação judicial. Restam, agora, os trâmites judiciais para o encaminhamento do encerramento do processo.

O documento já foi protocolado pelo administrador judicial. Assim que houver a homologação do plano por parte da juíza do caso, a empresa seguirá por dois anos em recuperação judicial – a lei exige que seja cumprido este período, sob fiscalização do administrador judicial – para que, enfim, o processo seja declarado encerrado.