Bombeiros de Blumenau treinam mais um filhote para buscas na região

Corporação que sempre optou por labradores investirá em duas novas raças

Blumenau poderá ter mais um cão de busca num futuro próximo. O filhote Fogo veio de um canil de Minas Gerais junto do seu irmão Poshuk, que irá para o município de Major Vieira, no Planato Norte. A dupla também traz outra novidade: o investimento do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBM-SC) em novas raças.

Após seis gerações de atividades com cães exclusivamente da raça Labrador, a Coordenadoria de Busca, Resgate e Salvamento com Cães investiu nos irmãos que são da raça Rastreador Brasileiro e um de Braco Alemão. Um novo filhote de Labrador também foi adquirido após a morte do filhote Bob.

“Hoje o CBM-SC atua com cães da raça Labrador que utilizam a técnica de busca chamada de varredura de área, pelo método de venteio, ou seja, o cão procura o odor das vítimas no ar, levantando o focinho, assim como fará o Braco Alemão. Já o Rastreador Brasileiro retomará uma técnica usada na corporação há alguns anos, de treinamento por odor específico, isso quer dizer que o cão sentirá o odor da vítima, por uma peça de roupa ou pertence e buscará o rastro específico, mesmo que tenham outras pessoas por perto, com o focinho voltado para baixo”, exalta o presidente da Coordenadoria de Busca, Resgate e Treinamento com Cães, tenente-coronel Walter Parizotto.

Cinotécnicos (bombeiros especialistas na atividade com cães) que já possuem experiência com os labradores serão responsáveis por treinar as novas raças. O 3º sargento Jacques Romão é condutor do cão Bravo atualmente, que está em atividade em Blumenau e já atuou em Brumadinho.

Bravo ainda não será aposentado, mas Fogo será a dupla do sargento Romão. Ele fez a pesquisa das raças para odor específico e chegou ao Rastreador Brasileiro por conta das características. Os irmãos possuem um DNA de buscas, já que a mãe deles é treinada para odor específico e o pai mestre em buscas de javalis.

“Percebi algumas características mais propícias para Santa Catarina e pontos positivos em relação à saúde do animal, já que ele gosta muito de brincar com pessoas, tem alta resistência tanto para frio, quanto para calor, é mais atlético e não possuem tantas doenças nos olhos e mucosas”, aponta.

Já Poshuk será treinado pelo cabo Moisés Kluska, que foi condutor do cão Brasil. Ele foi um dos pioneiros na atividade de busca no CBM-SC e o primeiro cão brasileiro certificado internacionalmente. O nome, que representa a pronúncia da palavra “buscar” em ucraniano, foi escolhido pela origem do cabo.

Poshuk recebeu o nome em homenagem aos descendentes do cabo Moisés. Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Outros filhotes irão para Curitibanos e Itapema

Barak, o filhote de Braco Alemão que foi adquirido pelos bombeiros, chegou a Santa Catarina com 60 dias após um longo estudo de raças, para dar continuidade ao serviço nos próximos anos.

Ele está sendo treinado pelo cabo Ronaldo Fumagalli de Curitibanos, que já treinou os labradores Find, que esteve na ocorrência de Mariana, e Hunter, que foi destaque em Brumadinho. Barak já está interagindo com os colegas.

“O Labrador é um cão excelente, porém é necessário manter a atividade física sempre alta, por ser um cão mais pesado, de uma pelagem mais densa”, pontua Fumagalli.

Diferentemente do Rastreador Brasileiro, o Braco Alemão é especialista na técnica do venteio. Ou seja, ele levanta o focinho para sentir o odor, conforme já é o treinamento dos Labradores.

O Barak veio de um canil especializado em Braco Alemão, no Espírito Santo, com uma linhagem de cães de trabalho, já que os pais dele eram caçadores. O filhote, que estará em treinamento nos próximos dois anos, será o sucessor do Hunter.

Corpo de Bombeiros/Divulgação

Já em Itapema, o cabo Genivan Küll recebeu o novo parceiro Nick, de um canil de Imaruí, no Sul de SC. Em março, ele estava treinando o filhote de Labrador bob, que teve uma convulsão e não resistiu, falecendo no mesmo mês.

“Infelizmente o Bob partiu muito cedo e num primeiro momento fiquei desanimado, já que eu havia esperado tanto pela chegada de um filhote. Quando estávamos nos procedimentos de cremação do Bob, recebi a notícia de que meus planos continuariam, já que o Canil Magi, renomado, quis fazer a doação de um filhote. E foi assim, no momento em que eu estava muito triste que tive forças para continuar meu projeto de ser um binômio”, conta.


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