Cachorro ferido é encontrado amarrado em trilho de trem em Joinville
Denúncia de maus tratos foi feita nas redes sociais de ONG
A Frente de Ação pelos Direitos Animais (Frada) denunciou um crime de maus tratos aos animais envolvendo um cachorro encontrado amarrado no trilho de trem e com a cabeça cortada. O caso aconteceu nesta semana, na rua Gustavo Henrique Meyer, no bairro Floresta, zona Sul de Joinville.
O animal foi encontrado por moradores da região, que informaram a ONG sobre o ocorrido. A presidente Liliane Lovato chegou a ir até o local para conversar com os moradores e verificar se havia câmeras no endereço. Lá, ela recebeu a informação de que o cão havia sido visto com um morador em situação de rua.
Além disso, outra pessoa a informou de que um jovem teria postado nas redes sociais uma foto com um cachorro semelhante ao que foi amarrado no trilho. Liliane conta que, na publicação, ele teria ameaçado o animal. “Nunca mais vai migar na moto”, dizia o post, segundo a presidente.
A intenção da Frada é conversar com estas duas pessoas, o homem e o jovem, para entregar o máximo de informações possíveis na denúncia que será feita à Polícia Civil. “Se não, vai ser só uma denúncia sobre o caso de um cachorro morto”, afirma. Por isso, Liliane pede que caso a comunidade tenha informações sobre o ocorrido, mande uma mensagem no Instagram da Frada, que irá coletar os dados informados para repassar à polícia.
A Lei Ambiental 9.605 penaliza ações violentas contra os animais, como é o caso do cachorro amarrado e morto no trilho de trem. A legislação diz que proibido praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados.
Outros casos
“Já aconteceu uns dois ou três anos atrás. Alguns adolescentes acharam divertido amarrar um cachorro no trilho de trem. Mas, [naquele caso] conseguiram tirar ele de lá”, conta Liliane.
Ela conta também que há casos em que os animais são amarrados às margens de rios, para serem atingidos pela maré alta.
Por conta de situações como esta, a Frada tem trabalhado na conscientização da população sobre os direitos dos animais e contra os maus tratos, explica a presidente.
Inclusive, no momento em que fazer a doação de um animal abandonado, costumam entrevistar o futuro dono. “Para tentar garantir que não seja abandonado. Avaliamos se a pessoa mora de aluguel, por exemplo, porque costumam abandonar quando se mudam”, afirma. O objetivo, é prevenir que casos de violência e abandono aconteçam.