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Faema resgata cágados de obra do bairro Itoupavazinha, em Blumenau

Instituição diz que remanejará os animais para outro local

A Faema retirou no início da tarde deste sábado, 27, seis cágados rajados de um pequeno córrego na rua Arno Delling, no bairro Itoupavazinha. No local, uma empreiteira realiza obras para construção de uma empresa.

“O biólogo contratado pelo empreendedor avaliará os animais e fará o inventário de fauna, para identificar a espécie e sabermos o destino que daremos a eles”, explicou o presidente da Faema, Éder Boron.

Ainda de acordo com ele, os profissionais continuarão de prontidão para o caso de outros indivíduos aparecerem. O trabalho é feito em conjunto com a empresa.

“Esse local não é o habitat deles. Como são répteis, eles simplesmente vão naquela saída de esgoto para fazer regulação. Eles vão ser remanejados para um local próprio, adequado, bem mais limpo que ali”, garantiu o biólogo Rony Paolin Hasckel.

Relembre a história

Após a reivindicação de moradores do bairro Itoupavazinha, Faema e Polícia Militar Ambiental visitaram o local.

“Nós fomos no dia 5 e não localizamos os animais. Fomos novamente no dia 8 ou 9 e vimos um ou dois indivíduos”, lembra o presidente da Faema, Éder Boron.

Depois disso, a equipe voltou ao local com a PM Ambiental, entrou na vala e fotografou o que presenciou. A Faema solicitou a suspensão das atividades da empreiteira no córrego e desde então a equipe diz não ter escavado o terreno naquela região.

Nesse período, por causa das chuvas, os animais não foram encontrados. Com o sol deste sábado, 27, os bichos apareceram, possibilitando o resgate.

Descaracterização do córrego

Há um ano e meio a empresa entrou com um processo para descaracterizar o córrego como curso hídrico. A Faema aceitou o pedido por entender que é uma vala de escoamento de água da chuva e esgoto.

Com isso, a empresa solicitou autorização para realizar a drenagem e, após receber o alvará, iniciou as obras de canalização.

“Essa canalização está sendo feita paralelamente a essa vala e no futuro vai haver a terraplanagem”, explicou Boron.

À época, segundo o presidente, a Faema não avistou nenhuma tartaruga. A presença dos animais só foi percebida após a denúncia da comunidade, quando as máquinas chegaram na vala.