Câmara aprova lei que quer facilitar a disseminação da língua alemã em Blumenau

Ideia é fortalecer e oficializar a importância do idioma na cidade

Tal como já ocorre com a linguiça Blumenau, a Oktoberfest e o kochkaese (queijo cozido), a língua alemã deve ser oficializada em breve como patrimônio cultural imaterial da cidade. A proposta foi aprovada pela Câmara de Vereadores na última semana e agora aguarda a sanção do prefeito.

Com a oficialização, fica mais fácil para o município expandir as aulas de alemão em diversos segmentos, conforme explica o autor do projeto, Jens Mantau (PSDB). Para o vereador, o documento, elaborado em parceria com Sylvio Zimmermann (PSDB), atende algumas reivindicações:

“Diante das manifestações que tivemos, inclusive por uma professora de creche, queremos ter a língua alemã nas creches e outros segmentos, como empresas. Nós sabemos que hoje a dificuldade é encontrar pessoas que falem alemão”, defende Mantau.

A aprovação do projeto ocorreu no ano de comemoração dos 200 anos do fundador da colônia, o Dr. Blumenau, e na Semana do Imigrante. Uma ideia para preservar e eternizar o idioma como símbolo da cidade, mas que dependerá do Executivo para sair do papel e se transformar em ações efetivas.

O alemão na história de Blumenau

Na história de Blumenau, nem sempre o alemão foi tratado com a importância dada pelos vereadores. Entre 1937 e 1945, o Estado Novo de Getúlio Vargas impôs a Campanha de Nacionalização. A ideia era fortalecer o sentimento patriota, diminuindo a influência dos imigrantes no país.

Com policiais nas ruas, Vargas determinou que estava proibido falar alemão em vias e escolas de Blumenau. À época, era impensável ter como símbolo em território brasileiro um idioma diferente do português.

 

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