Campeã nacional e internacional, ginasta de Blumenau sonha com mundial e Olimpíadas
Conheça a história de Kendra Avila, adolescente de 14 anos que é promessa na ginástica rítmica
Kendra Avila é uma ginasta de apenas 14 anos. Natural de Brusque, mas moradora de Blumenau, a adolescente representa a cidade e o país em diversas competições de ginástica rítmica. Atleta da Agiblu, Kendra é campeã brasileira e sul-americana da modalidade.
Unidas pelo sangue e pela ginástica
A história de Kendra com a ginástica começou através da família. A irmã Alanis Avila também é ginasta. Com apenas 16 anos, ela foi convocada para Seleção Brasileira de Conjunto e sagrou-se campeã do Sul-Americano. Atualmente com 22, Alanis é arbitra nacional e professora de ginástica rítmica em Aracaju, no Sergipe.
Kendra ressalta que se interessou e começou a praticar ginástica aos 4 anos, por influência da irmã. De acordo com a mãe, Joice Avila, as irmãs são muito unidas, conversam diariamente e Alanis costuma dar conselhos que motivam Kendra no dia a dia dos treinos, que muitas vezes são intensos.
“Kendra demostrava interesse seguindo os passos da irmã. No início fiquei preocupada, pois exigia muito treino, muitas horas, exige até hoje, mas acredito que disciplina e esforço fazem parte de todo atleta de alto rendimento”, explica.
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Construindo uma carreira
Desde 2019 Kendra faz ginástica na Agiblu. Mesmo tão jovem, já teve muitas conquistas. Segundo ela, o Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) de 2022, o primeiro que competiu, é a melhor lembrança relacionada à ginástica que possui.
As principais conquistas da atleta foi ser Campeã Sul-americana de Duo; Campeã Brasileira de Duo; Campeã Individual Geral por Equipe Jasc; Vice-Campeã Jesc Aparelho Arco; Vice-Campeã Conjuntos 5 Arcos e Misto Jasc; Vice-Campeã Geral de Conjuntos Jasc e Vice-Campeã Geral Jasc (por município). “Eu nunca imaginei que iria ganhar esses títulos”, revela Kendra.
Para o futuro, a atleta almeja seguir com a ginástica como profissão, ser campeã mundial e ir para as olimpíadas. “A ginástica rítmica se tornou parte de mim nesses 10 anos”, destaca. Uma das maiores inspirações dela é a ginasta russa Lala Kramarenko.
Uma realidade diferente
Atualmente, Kendra está no 8° ano do Ensino Fundamental. Por ser uma atleta de alto rendimento, a rotina dela é um pouco diferenciada da maioria dos seus colegas. No entanto, afirma que sempre recebeu compreensão e suporte por parte da instituição de ensino devido aos treinamentos.
“Os treinos são bem pesados, a gente treina bastante, às vezes tenho até que treinar dias inteiros e ganho dispensa nas aulas que falto”, explica.
Além de ter que conciliar as atividades, a menina também menciona que precisa se alimentar direito para manter o bom condicionamento físico. No entanto, apesar de demandar disciplina e esforço, Kendra gosta do que faz e, até nas horas vagas, ela se dedica à ginástica.
Kendra diz que gosta de passar o tempo livre estudando séries de outras ginastas. “Me divirto indo para a ginástica, amo estar no ginásio”, declara.
Reconhecimento e apoio nas redes
Até o momento da publicação desta matéria, Kendra acumula 20,5 mil seguidores no Instagram. A mãe da menina conta que sempre acompanha a movimentação na Internet, mas que Kendra utiliza mais as redes no tempo de folga, pois os treinos e as viagens de competição demandam o maior tempo dela.
No entanto, a atleta fala que a visibilidade é ótima e que ela recebe muito suporte do público, apesar de às vezes se incomodar com alguns haters.
Joice comenta que quando a filha precisa ir para alguma competição de custo elevado, procura fazer vaquinhas on-line para arrecadar dinheiro e recebe apoio dos seguidores.
“Isso já ajudou muito, porque Kendra não possui patrocínio para custear competições internacionais ou cursos para a evolução que a ginástica necessita”, relata.
Falta de patrocínio
Na opinião de Joice, a falta de patrocínio impede que Kendra aproveite todo o potencial que possui: “Acredito que se ela tivesse patrocínios para competições internacionais, ou montagem de séries fora do país, como as principais ginastas do Brasil, minha filha certamente teria chances nas olimpíadas, pois batalha há muito tempo e ama esse esporte da ginástica rítmica”.
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