Capoeirista de Blumenau ganha prêmio de melhor tocadora de berimbau do mundo

Carla Caroline, conhecida como Kallú, foi indicada a outras duas categorias na premiação

A capoeira é uma expressão cultural que está presente em Blumenau e região como um símbolo de arte e um esporte praticado por jovens e adultos. Carla Caroline, de 29 anos, conhecida no mundo da capoeira por Kallú ganhou o reconhecimento como melhor tocadora de berimbau do mundo no Prêmio Dandara Zumbi neste sábado, 22. 

A premiação é internacional e reuniu diversos capoeiristas do Brasil e do exterior. Além da categoria melhor tocadora, Kallú foi indicada à categoria compositora, da qual ficou em segundo lugar, e como cantadora de capoeira, ficando em quinto lugar. 

As nomeações aconteceram em abril, quando os coletivos de capoeira se reuniram para indicar os capoeiristas mais citados da rede. “Senti uma emoção gigante em ser nomeada e maior ainda ao ganhar. Era algo que eu não esperava. Depois de anos de treinos e correndo como capoeirista, ser considerada a melhor. É uma emoção sem igual”, comenta Kallú. 

Cenário da capoeira em Blumenau

Natural de São Paulo, Kallú reside em Blumenau há dois anos. Em 2019, foi convidada pelo grupo Magia da Bahia, associação localizada na rua João Pessoa, para uma participação especial em um dos eventos na cidade. 

“Aqui conheci uma capoeirista que completou a capoeira dela com a minha, estamos juntas agora e acabei vindo para Blumenau”, relata Kallú. A capoeirista continua praticando o esporte, que mistura arte, artes marciais, música, dança e cultura. 

O cenário da prática artística e esportiva em Blumenau é promissor, segundo Kallú. No entanto, ainda falta uma inspiração conhecida no meio da capoeira como “axé”. “O cenário está mudando, conheço muitos capoeiristas que estão a fim de mudar esta história e botar dendê para ferver, pois, capoeira é isso… É fogo, é paixão”, disse. 

Herança da família

Kallú nasceu em São Paulo, capital, e veio de uma família de capoeiristas. O amor pela capoeira veio em forma de herança de seus familiares e aos oito anos, Carla começou no esporte. “Quando pequena eu era muito curiosa com os instrumentos da capoeira e tentava sempre criar algo parecido”, explica Kallú. 

Foi nessa mesma idade que Carla fez seu primeiro berimbau. “Juntei uma madeira qualquer do quintal da minha casa, peguei o fio do varal da minha avó, uma lata de Mucilon e um cadarço que peguei de um tênis velho”, conta. Com esses itens Kallú fez seu primeiro instrumento, ela conta que o som era ensurdecedor, mas a motivou a sonhar e querer crescer no mundo da capoeira. 

Hoje em dia, Carla Caroline tem seu próprio ateliê de construção, onde faz seus berimbaus. “A capoeira e o berimbau são meu modo de ser… Me motiva a sempre ir longe e a sempre querer mais”, explica. 

Kallú acredita que a arte tenha muito potencial de juntar pessoas e compartilhar ensinamentos por meio do esporte e da cultura. “Capoeirista quando se junta, se junta para enriquecer o espaço com calor humano, com energia humana e da alma”, concluí.


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