A Caixa Econômica Federal e seus empregados desempenham um papel
fundamental para o país. Com grande destaque para o atendimento às pessoas
mais necessitadas. Isso ficou muito claro durante a pandemia, quando filas
de dobrar o quarteirão se formaram nas imediações das agências da Caixa
para receber o Auxílio Emergencial e outros benefícios sociais pagos pelo
banco.

Em 2020, a Caixa pagou R$335,6 bilhões em benefícios sociais emergenciais.
De janeiro a setembro foram pagos outros R$ 63,6 bilhões. De setembro de
2020 até setembro de 2021, houve um aumento de 537 mil clientes na Caixa.

Ao final do terceiro trimestre o banco possuía 146 milhões de clientes.

.A população sempre teve na Caixa o apoio para o recebimento dos benefícios
dos programas sociais do governo. Mas nem tudo é fácil ou rápido já que
filas para o atendimento existiram e continuam a existir.

O atendimento à população infelizmente é precário. A verdade é que isso não
é culpa dos empregados.
Um verdadeiro desmonte do banco está acontecendo e sendo promovido pelo
governo Bolsonaro e pelos gestores do banco indicados pelo governo.

Nos últimos meses, o banco tem contratado novos empregados. Mas, isso ainda
é insuficiente para atender as demandas que a Caixa tem e para melhorar o
atendimento para toda a população, que vê mesas vazias onde poderia ter
gente atendendo e sendo atendida. Vale ressaltar que a contratações estão
ocorrendo por pressão do movimento sindical, uma vez que num período de
cinco anos (desde o início de 2016) houve uma redução de 12.707 empregados
no quadro de pessoal da Caixa, sobrecarregando ainda mais os trabalhadores.

Com a simples equação formada pelo aumento do número de clientes e a
redução de empregados já seria possível para saber que o resultado seriam
as filas gigantescas, a demora para o atendimento e a precarização dos
serviços. Mas, é ainda pior. Os equipamentos utilizados são velhos e
ultrapassados, os programas lentos e, muitas vezes, o sistema caí. E isso
gera mais filas e insatisfação de todos que buscam o banco.

Por conta das filas e da demora no atendimento, os clientes (e é importante
dizer que, na Caixa, toda a população é cliente), com razão, se irritam.
Como a imprensa, em geral, não esclarece que o governo é quem é responsável
por esta situação, e não os empregados, a critica acaba caindo sobre os
trabalhadores, que se desdobram para garantir o atendimento de todos. A
estratégia do governo é exatamente esta: desgastar a empresa e seus
trabalhadores perante a opinião pública, de forma a ganhar apoio para
projetos privatistas. Quem ganha com isso é quem adquire estas empresas,
que passa a embolsar os lucros. Clientes e empregados perdem.

E, para piorar ainda mais a situação dos empregados e, em consequência o
atendimento à população, as condições de trabalho na Caixa estão cada vez
piores. Pressão pelo cumprimento de metas de vendas de produtos, como
seguros e previdência, que na maioria das vezes os clientes não têm
interesse, mas esta gestão obriga a empurrar para eles; medo da perda de
comissões que compõem a remuneração, que impede de saber se ao final do mês
será possível pagar as contas; sobrecarga de trabalho… são algumas das
coisas que os empregados precisam suportar, o que os leva ao adoecimento
físico e psíquico e ao consequente afastamento para tratamento de saúde. O
que reduz ainda mais o quadro de pessoal em trabalho e, mais uma vez,
prejudica o atendimento.

É por isso que defendemos a Caixa como banco público, fundamental para o
Brasil e para os brasileiros.
Mas, não podemos fechar os olhos, nem deixar de denunciar a gestão do banco
que, assim como o governo que a indicou, faz de tudo para destruir a Caixa
e macular a imagem dos empregados.