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Casa Siewert: conheça a família de Pomerode que preserva a cultura e tradições dos antepassados

Família já completou 155 anos desde a migração

A Casa Siewert, tombada como patrimônio histórico, está incluída na Rota do Enxaimel de Pomerode, podendo ser considerada uma viagem no tempo. A estrutura foi construída em 1913, e os familiares ainda moram na casa, preservando a mesma rotina e tradições dos seus antepassados.

Arquivo Pessoal

É possível realizar uma visita guiada, conhecendo a trajetória da família desde sua origem na Pomerânia até a sua chegada ao Brasil, contando sobre a história de um século e meio no país. Diversos convidados famosos, como o chef e apresentador Éric Jacquin, já passaram pelo local.

De segunda a sábado, os horários para as visitas são das 9h até às 17h, com uma pausa ao meio-dia e retorno às 13h. No domingo, as visitas acontecem das 9h até às 12h.

Além disso, é falado sobre: a técnica da construção enxaimel, considerada um patrimônio histórico; a história do milho na região; os animais de criação; as produções locais; e até o pequeno carro da família Siewert.

Arquivo Pessoal

No dia 24 de março, o livro de visitantes chegou a 50 mil assinaturas. Para conhecer, é possível solicitar uma visita guiada com os contatos disponíveis na rede social no Instagram ou Facebook.

“Ao preservar o passado e abraçar o futuro, a Casa Siewert nos ensina que a verdadeira grandeza reside na capacidade de evoluir sem esquecer nossas origens. Pois, em seu interior, guarda-se não apenas móveis e memórias, mas também a sabedoria de uma história viva, pronta para inspirar aqueles que a contemplam”, explica a família em suas redes sociais.

Família Siewert

“A gente tem que saber entender o nosso passado, de onde e o porquê a gente veio para manter a cultura e a tradição. É bacana manter viva a história da família por mais um século, esse é o incrível da coisa”, afirma Rogério Siewert.

Arquivo Pessoal

Atualmente, seis membros da família moram na casa, cada um representando uma geração diferente. São eles Rogério, Adriana, Wendelin, Rovena, Júlia e Matheus Siewert.

Rogério, presidente da Associação Rota do Enxaimel e escritor, faz parte da 5ª geração da família. Em 1868, quando os seus trisavós vieram ao Brasil com seus 5 filhos, o bisavô de Rogério tinha apenas 2 anos. A famosa casa apenas foi construída em 1913 pelo avô.

Diego Mengarda/Arquivo Pessoal

Com 64 anos de casados, representando as bodas de diamante, Rovena e Wendelin Siewert são ditos como sendo testemunhas vivas de que a herança familiar só cresce e floresce.

“Trabalhando incansavelmente, carregando tradição e cultura, desbravando a terra e deixando seu legado, que transcende o tempo! É a marca duradoura que deixamos para as gerações futuras. Cada ação, cada escolha, molda a narrativa do que ficará”, escrevem em suas redes sociais.

Rogério conta que muitos visitantes voltam e acabam trazendo mais pessoas. “Muitas pessoas vem aqui em casa, vêem como vivemos e criam um amor pela casa porque, em algum momento da vida delas, viveram parecido. Por isso, pedem para a gente cuidar e manter esse lugar vivo”, ele explica.

Produtos caseiros

Arquivo Pessoal

Caso o visitante já saiba das histórias de trás para a frente, também é permitido a visita apenas para a compra dos produtos coloniais produzidos e ofertados. A Casa Siewert vende queijo, linguiça, licores, cachaças, cervejas artesanais, verduras em conserva, bordados, pano de prato, brinquedos, bolachas, doces, souvenirs e, o mais importante, as geleias, tradicionalmente conhecidas como Mus.

A produção do Mus, ou chimia, é uma das tradições mais antigas ainda preservada pela família. O processo começa com a cana-de-açúcar e a moenda, um equipamento para moer a planta e extrair o caldo, que é cozido com as frutas da estação moídas.

Arquivo Pessoal

Além do mais, a família tem um livro publicado, que pode ser adquirido na própria casa ou entrando em contato. Escrito por Rogério Siewert, o livro se chama “150 Anos de Imigração no Brasil”. Quando publicado, em 2018, a família estava completando exatos 150 anos desde o dia em que chegaram no país para uma nova vida.

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