Casal se manifesta após condenação por estelionato na campanha AME Jonatas no Norte Catarinense

Penas de Renato e Aline, somadas, ultrapassam 70 anos de reclusão

Após a divulgação da condenação por estelionato na campanha AME Jonatas nesta segunda-feira, 24, em Joinville, o casal se manifestou contrário a sentença. A criança, que tinha Atrofia Muscular Espinhal (AME), morreu em janeiro deste ano.

Renato Henrique Openkoski e Aline da Cunha Souza Openkoski, pais de Jonatas, foram condenados a mais de 70 anos de reclusão, porém podem recorrer em liberdade.

Em nota, o casal informou que não cometeram crimes ou agiram de má fé e ainda reforçam que o diagnóstico do médico era para Jonatas viver dois anos, mas que o filho viveu mais quatro. “Somos uma família íntegra, as pessoas que estiveram sempre ao nosso lado nos acompanhando desde o começo da nossa história, sabem que através da campanha demos ao Jonatas um tratamento e uma qualidade de vida digna.”

Condenação

Renato, candidato a deputado estadual nas Eleições de 2022 pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), foi condenado a 44 anos e 29 dias de reclusão, em regime fechado. Além do pagamento de 221 dias-multa, equivalente a R$ 8.104,07.

Aline foi condenada a 26 anos, 11 meses e 13 dias de reclusão, em regime fechado. Além do pagamento de 363 dias-multa, equivalente R$ 13.311,21.

Ambos também foram condenados ao pagamento das despesas processuais. Segundo a decisão do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), os dois terão direito de recorrer em liberdade, por não haver motivos para a decretação da prisão preventiva.

Relembre o caso

Os pais de Jonatas começaram a ser investigados após promoverem uma campanha de arrecadação, chamada AME Jonatas, em busca de recursos para custear o tratamento do filho, realizada em 2017. Eles teriam desviado parte do dinheiro para proveito próprio.

Leia a nota na íntegra:

“Queremos por meio desta nota, informar que todas as medidas jurídicas estão sendo tomadas referente a decisão judicial. Queremos dizer que sempre estivemos ao lado da justiça, cooperando sempre com todas as investigações e sabemos que não cometemos nenhum crime ou agimos de má fé na campanha do nosso filho Jonatas. Quero também agradecer a todas as mensagens de apoio e carinho que estamos recebendo, quero dizer para não acreditarem ou disseminarem fake news a nosso respeito.

Somos uma família integra, as pessoas que sempre estiveram ao nosso lado nos acompanhando desde o começo da nossa história, sabem que através da campanha demos ao Jonatas um tratamento e uma qualidade de vida digna. Diferente do diagnóstico médico que nos disse que o Jon viveria dois anos de vida, conseguimos que ele vivesse mais quatro anos a nosso lado. Peço a todos as vossas orações e energias positivas, pois temos mais dois anjos que precisam de nós.

Att Renato e Aline Openkoski”

Relembre o caso

Leia a nota na íntegra:

Leia também: