Caso de criança que se afogou em Gaspar alerta para cuidados em piscinas
Menino de dois anos e quatro meses se recupera bem e até já pediu bolo de chocolate
Era uma típica tarde de domingo. O almoço havia ficado para um pouco mais tarde. A família toda se reuniu para assar o churrasco e conversar. Na sala, o bebê da família, de dois anos e quatro meses, brincava. De tempos em tempos algum adulto passava para dar uma checada se a criança brincava bem.
Depois do almoço, os adultos ficaram sentados à mesa conversando. A criança, cheia de energia, voltou à sala de estar para brincar. Estava tudo bem. A porta que dava para o quintal, onde fica a piscina, estava fechada. Era o que a acreditava a mãe do menino. A porta, antiga, por algum motivo não chaveou do jeito certo.
Em questão de segundos, os familiares perceberam que a passagem para fora estava entreaberta. Quando a mãe olhou na direção da piscina, avistou o filho ao fundo, imóvel.
A avó da criança, Ana de Souza da Silva, 66 anos, emociona-se ao lembrar da cena de horror. A primeira atitude da família foi a de ligar para o Corpo de Bombeiros, que foi acionado às 16h, na residência que fica na Margem Esquerda, em Gaspar.
Uma vizinha enfermeira prestou os primeiros socorros. Em poucos minutos conseguiu fazer o menino expelir parte da água que estava no pulmão.
“Quando o Corpo de Bombeiros, Samu e Arcanjo chegaram ela já tinha feito ele voltar”, conta Ana.
Os socorristas continuaram o trabalho de desobstrução das vias aéreas da criança e o helicóptero Arcanjo o conduziu até o Hospital Santo Antônio.
A recuperação do menino
Segundo a avó, o menino está se recuperando muito bem. Ele respira sem a ajuda de aparelhos, permanecia na UTI em observação, já que foi necessário tratar uma pneumonia. Mas o menino já começou a interagir.
“Ele inclusive já pediu colo e bolo de chocolate”, alivia-se a avó.
A avó conta que a piscina da casa já possuía cerca, mas no momento do incidente estava com a porta aberta. Depois do susto a família decidiu que vai colocar uma lona em cima da piscina e pensará em uma alternativa a manter tampada. Ana levanta a preocupação, inclusive, de visitas que levam crianças à casa.
Acidentes em piscinas
Nem todos os casos de afogamento em piscinas acabam com final feliz. O Boletim da Sociedade Brasileira de Afogamento Aquático aponta números alarmantes no país. Somente em 2017, 51% das mortes de crianças de um a nove anos de idade ocorrem em piscinas, tanto em clubes quanto em residências.
Em média, meninos morrem três vezes mais que as meninas em piscinas. Além disso, a maioria dos óbitos se concentra no verão. Além disso, o afogamento em piscinas é a terceira causa da morte de crianças de idade entre 10 e 14 anos.
Como prevenir afogamentos
O Corpo de Bombeiros de Blumenau trabalha anualmente campanhas de conscientização em relação ao uso de piscinas, principalmente no verão. Confira abaixo uma lista com as orientações do órgão para a prevenção deste tipo de acidente:
– Mantenha portas de áreas de serviço e banheiros fechadas
– Instale redes de proteção no entorno de piscinas
– Evite o uso de boias ou flutuadores, prefira um colete salva-vidas
– Não mantenha brinquedos próximos a piscina. Isto atrai crianças.
– Jamais deixe uma criança sozinha na piscina
– Após utilizar a piscina, impeça o acesso ao espaço
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