Caso Vanisse: marido e cunhado de vítima em Agronômica são condenados
Corpo da mulher não foi encontrado até hoje
Os acusados de matar e ocultar o cadáver de Vanisse Helena Venturi, mulher desaparecida desde julho de 2020, foram condenados nesta quinta-feira, 31. Isonir Venturi, marido, e Isael Venturi, cunhado da vítima são os condenados.
Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), o marido foi condenado a 24 anos por homicídio qualificado e a 1 ano e 9 meses por ocultação de cadáver. Já o cunhado foi condenado a 1 ano, 6 meses e 20 dias por ocultação de cadáver.
O corpo de Vanisse não foi encontrado até hoje. O crime aconteceu em Agronômica e chocou o Vale do Itajaí na época.
Relembre o caso
O crime foi praticado diante da iminência de um divórcio litigioso, no qual a esposa iria exigir metade dos bens do casal. Foi a partir da mensagem recebida da advogada da vítima, no final da tarde do dia 22 de julho de 2020, que o homem teria matado a esposa.
Segundo as investigações, a última vez que a mulher foi vista com vida foi quando o filho de um vizinho os observou dirigindo-se a um galpão ao lado da residência da família, por volta das 18h, pouco depois da mensagem da advogada. A mesma pessoa, no entanto, viu só o homem sair do local, cerca de 30 minutos depois. Já o tênis que a mulher teria usado quando se dirigiu ao galpão foi encontrado mais tarde na casa da família.
Em seguida, o acusado teria recebido a visita do cunhado, irmão da vítima, por volta das 19h20, a quem informou que a esposa não estava em casa. Depois, diferente da rotina da casa, teria preparado o jantar para os filhos, informando que a mãe estaria no quarto, o qual chaveou por fora, com dor de cabeça.
Perto das 22h, sem saber que era observado pelo filho mais novo, de 12 anos, o homem pegou uma lanterna e saiu da casa. Em seguida, foi visto por um vizinho entrando novamente no galpão. O objetivo, de acordo com a denúncia do Ministério Público, seria preparar o corpo e deixa-lo acessível ao irmão, que se encarregaria de ocultá-lo na madrugada.
Somente em 24 de julho de 2020, por volta das 8h, o marido achou por bem noticiar à Polícia Civil o “desaparecimento” de sua esposa. Importante destacar que tanto o marido da vítima quanto seu irmão apagaram dos celulares todas as mensagens que trocaram após o suposto crime.
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