Catarinenses fazem curso de VAR, mas custos operacionais atrapalham implementação
Final do estadual de 2018 já contou com a utilização do recurso
Para o Brasil, o árbitro de vídeo não traz boas lembranças. Durante a Copa do Mundo da Rússia, em todas as vezes que a tecnologia conhecida como sistema de vídeo-arbitragem (ou video assistant referee, o VAR) foi solicitada pela seleção, ou o pedido não foi atendido ou os lances foram considerados normais. Mas a tendência é que a tecnologia seja acolhida nas principais competições do Brasil, incluindo o Campeonato Catarinense.
O Catarinão, inclusive, foi um dos pioneiros a contar com VAR no Brasil. Na final do campeonato deste ano, a partida entre Figueirense e Chapecoense contou com a tecnologia. O presidente da Escola Nacional de Árbitros, Manoel Serapião Filho, e o coordenador do VAR no Brasil, Sérgio Corrêa, foram para Chapecó para coordenar as ações durante a decisão.
Contudo, fazer com que todo o campeonato estadual tenha este sistema à disposição ainda é uma realidade distante. O assessor da Federação Catarinense de Futebol, Marcelo de Negreiros, explica que o custo operacional dos equipamentos e dos árbitros extras ainda torna a ideia inviável. “Só neste Catarinense tivemos 91 jogos, e fazer esta cobertura completa demandaria um alto investimento”.
Segundo Negreiros, os árbitros de todas as federações do país estão realizando cursos de VAR para entender como operar o sistema e também compreender os comandos no gramado.
Situações em que o VAR pode ser solicitado
Ao menos na Copa do Mundo, o VAR não pode ser solicitado em todas as situações de jogo. Confira as principais decisões em que o árbitro de vídeo pode se manifestar:
- Possível infração durante um gol
- Decidir se houve ou não pênalti
- Decidir se houve ou não necessidade de cartão vermelho em falta
- Erro na identificação de um jogador que cometeu falta