CDL Blumenau e Secovi apelam ao governador para que não haja lockdown
Documento enviado a Moisés foi assinado por entidades de todo o estado
Documento assinado por entidades de toda Santa Catarina, incluindo Blumenau, foi enviado ao governador Carlos Moisés (PSL) nesta quarta-feira, 10, se posicionando contra o lockdown como medida para conter a pandemia de Covid-19.
As entidades da cidade que assinaram o documento foram a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e o Sindicato da Habitação de Blumenau (Secovi). No Médio Vale do Itajaí, entidades de Gaspar e Brusque também integraram assinaturas.
O documento declara apoio às medidas tomadas por Moisés até agora e diz manifestar “preocupações dos milhares de empreendedores que contribuem diariamente para o desenvolvimento social e econômico de Santa Catarina, referência nacional e internacional de qualidade de vida de seu povo”.
As entidades acreditam que a paralisação total das atividades não essenciais geraria “prejuízos irreversíveis na sustentabilidade das empresas que ajudam a colocar na mesa de milhões de cidadãos o proverbial e não menos sofrido pão de cada dia”.
O ofício classifica o lockdown como “medida desproporcional e desarrazoada” e também uma “violação de direitos constitucionais”. Também diz que os mais afetados pela aplicação de restrições mais duras seria a “população socialmente vulnerável”.
Segundo o texto, a vontade de instalação de lockdown no estado é pressão “proveniente de parcela específica de um contingente de profissionais portadores de privilégios funcionais que o catarinense médio só ousa sonhar” e que colocaria “ em xeque a sobrevivência de milhões de catarinenses”.
No último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, Santa Catarina registrou 108 mortes por Covid-19 nesta terça-feira, 9, o maior número em quase um ano de pandemia – são 8.170 no total. Além disso, 395 pacientes aguardam uma vaga em UTI por causa da lotação de 99,1% dos leitos no estado.