“Com autonomia e união da nossa gente, haveremos de recobrar a normalidade”
Colunista afirma que recuperação do pós-pandemia terá de passar por organização coletiva
União pelo futuro
Passadas três semanas desde que Carlos Moisés decretou situação de emergência, em 17 de março, é chegado o momento de olharmos para o futuro. Não têm sido dias fáceis. Primeiro o anúncio de concidadãos com teste positivo, depois as mortes, e agora as demissões.
Diante do inusitado e do desconhecido, todos têm feito sua parte. Governos divergem, mas não são muito diferentes dos cientistas. Até porque não há verdade única. Problemas complexos demandam soluções complexas. Só a união da expertise acumulada e da liderança de estadistas é que vencerá tão colossal desafio.
É ingênuo pensar que a humanidade não estaria mais sujeita a intempéries e depressões. É de sabença geral que a história se repete. E o passado da humanidade, e também dos brasileiros, não foi nada simples. Guerras mundiais e epidemias já fizeram muitos estragos.
Talvez o que há de novo nesses tempos é o distanciamento que se formou entre o Estado e a sociedade. No Brasil, país ainda jovem, um quarto de século de estabilidade econômica proporcionado pelo Plano Real pode ter levado nossa gente a acreditar na autossuficiência. Ledo engano. Nossa força advém do coletivo. Não do corporativismo, mas da união de pessoas, instituições e lideranças. Blumenau é fruto dessa luta, da união representada pelo associativismo.
Não há lugar para extremos, nem muito menos para pânico e medo. Com autonomia e união da nossa gente, haveremos de recobrar a normalidade. Já fizemos no passado e haveremos de enfrentar mais esse desafio. Dirimir nossas diferenças e prestigiar nossas indústrias, comerciantes locais, profissionais liberais e trabalhadores de Blumenau já será um bom recomeço.