Eleições 2022 e a busca pela verdade
Estamos nos aproximando do início do processo eleitoral e alguns temas começam a ganhar o noticiário. A advertência de que a disseminação de fake news poderá levar à cassação do registro das candidaturas é um indício de que a disputa nos tribunais poderá ser tão ou mais importante do que na captação dos votos.
Dúvida não há de que vivemos a era da informação e, por conseguinte, da desinformação. Mentira faz parte da política, e, de um modo geral, da natureza humana. Não há nada de novo nisso. Tem sido praticada pelos governos, pelas oposições, entidades da sociedade civil, apoiadores, pela mídia e, claro, por autoridades em geral.
Infiltra-se nas meias-verdades, nas omissões deliberadas, nas más comparações e na seletividade dos fatos. Enfim, mente-se sob as mais variadas formas, muitas vezes sob sofisticadas estratégias.
Por isso, a busca da verdade é um dos grandes desafios da humanidade. Tarefa que tem sido muito bem empreendida pelo desenvolvimento das ciências, pela universalização do acesso ao ensino e pela democratização do conhecimento. Uma obrigação que compete a cada um e a todos, mas nunca a um só. Com o perdão pelo clichê, ninguém é dono da verdade.
Então, sem desmerecer a importância das fontes oficiais, tem-se que a melhor vacina para o combate à desinformação sempre será mais e mais informação. Algo que só se atinge mediante garantia de liberdade de expressão e de pensamento. E não pode ser diferente, pois no Estado Democrático de Direito soberano mesmo é o povo, detentor do voto e livre em suas escolhas político-eleitorais. Essas sim invioláveis.