Legado das eleições 2021 para a OAB Catarinense
Em todo o país mais de um milhão de advogados foram convocados a irem às urnas em eleições na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em cada Estado as chamadas “Seccionais” têm autonomia para fixar o dia das eleições, desde que na segunda quinze de novembro, do último ano do mandato de três anos. Em Santa Catarina, neste ano de 2021, fixou-se o dia 25 de novembro para o exercício do sufrágio.
A movimentação foi grande, mas apesar do contingente de profissionais habilitados a votar, a esmagadora maioria não teve a chance de escolher o próximo presidente nacional, cuja eleição ocorrerá no início do próximo ano e apenas de forma indireta.
São os representantes dos estados, denominados Conselheiros Federais, eleitos em número de três por unidade federativa, que terão o poder de escolha. Conselheiros esses que também não são eleitos individualmente, mas como integrantes das chapas em cada Seccional.
Nessas condições, fácil é verificar o déficit democrático que nos acomete. Não que seja diferente nos demais conselhos de classe, ou mesmo na condução interna dos partidos políticos, mas a OAB tem a missão, institucional e histórica, de ser protagonista no avanço democrático do país.
De qualquer sorte, é preciso que se extraia de mais esse processo eleitoral algum aprendizado. E a ampla participação nessas Eleições de 2021, que reuniu em Santa Catarina quatro chapas, cada qual com mais de cem profissionais candidatos, algo inédito, é reveladora do clamor da classe pela abertura dos debates internos e pela alteração no sistema eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil.
Missão que, doravante, caberá aos eleitos, a bem da Ordem, da própria advocacia e, fundamentalmente, em favor do país.