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“Os limites entre os municípios já não são mais tão visíveis”

Colunista elogia retomada do debate sobre a criação da Região Metropolitana de Blumenau

Região metropolitana 

A notícia de que o deputado Ivan Naatz, recém-empossado na Assembleia Legislativa barriga-verde, pretende recobrar o debate para criação de uma região metropolitana no Vale do Itajaí é alvissareira.

Reunir deputados estaduais de nossa região e formar uma frente parlamentar pelo Vale será providencial para a efetividade desse projeto.

É verdade que vivemos nas cidades. Mas além dos desafios comuns que poderão ser encaminhados coletiva e racionalmente, os limites entre os municípios já não são mais tão visíveis.

Gaspar, Ilhota, Blumenau, Pomerode, Indaial e Ascurra, por exemplo, já são plenamente integrados. Muitos dos residentes nuns trabalham nos outros.

É justo que os desafios que tocam o cotidiano desses munícipes sejam debatidos conjuntamente. Além do mais, a tendência é de que o debate deverá centrar-se mais nos projetos do que nas vontades individuais dos mandatários.

A pauta é ampla e diversa e passa por transporte coletivo, saneamento básico, coleta de lixo e reciclagem de materiais, turismo, segurança pública, acesso aos mais elevados graus de ensino e de saúde, logística aeroportuária, entre outros.

Precisamos reconhecer que as ações de associações de municípios não têm sido suficientes nesses enfrentamentos. Seus titulares, todos prefeitos, têm o limite do alcance dos seus mandados locais.

Exemplo claro se deu quando do debate para instalação do novo Complexo Penitenciário de Blumenau, em que a Ammvi lavou as mãos na almejada definição consensual de um local em sua área de abrangência.

O alinhamento de governos e serviços públicos é tema prioritário e estratégico para o Vale do Itajaí. A reunião permanente de esforços ainda tem o potencial de quebrar a lógica perversa vigente do “toma lá, dá cá” a que ficamos todos sujeitos quando da busca por recursos estaduais e federais.

Só não podemos, por evidente, criar mais despesas e aumentar a já tão onerosa máquina pública. Aí seria verdadeira traição ao eleitor.

César Wolff escreve sempre às quintas-feiras.

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