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“Não se pode, a pretexto de fiscalizar fake news, impedir o acesso à informação”

Colunista defende o direito de expôr opiniões nas mídias sociais

Fake News e a busca da verdade

Está na pauta do país o debate sobre as fake news. Com a disseminação do acesso à internet, e assim às redes sociais, não só a informação chegou mais longe e mais rápido, como também a mentira, a vindita e até os atos criminosos.

O tema é de fundamental importância para o avanço de uma sociedade. Não é exclusivo do Brasil, mas cada país precisa apreender a lidar e a combater a proliferação de fatos, ideias e notícias falsas.

Em termos de fake news há de tudo. Por exemplo, a repristinação de fatos antigos, como se fossem atuais; a edição de falas e pronunciamentos, com alteração do sentido; a disseminação de completas inverdades ou de verdades protegidas pela garantia constitucional à privacidade; e até mesmo a superexposição ao que seria reservado a um pequeno grupo.

Como em tudo na vida, estamos aprendendo a lidar com essa nova prática. Por isso, é válida cada iniciativa no sentido da elucidação de fake news, identificação de seus autores e punição dos ilícitos praticados.

Só não se pode, a pretexto de fiscalizar, impedir o acesso à informação. Isto porque, paradoxalmente, através destes canais, a exemplo do Twitter, Facebook e Instagram muitas verdades passaram a ser reveladas.

Perceba-se que as mídias sociais permitiram a circulação da notícia em tempo real e a partir da fonte primária. Vale dizer, sem intermediários e, portanto, sem filtros. Esse fenômeno tem contribuído para que, derradeiramente, se tenha logrado formar uma efetiva opinião pública, ao revés de mera opinião publicada, de que há muito denunciou Churchill. E, naturalmente, isso incomoda.

Mas são os novos tempos. Assim como qualquer instrumento, a internet e suas mídias sociais podem servir tanto para bem quanto para o mal. Combater a mentira (Fake) e estimular à busca pela verdade (News) é uma decisão moral que cabe a cada sociedade, coletivamente, adotar.