O que esperar da nova legislatura que se inicia em Blumenau
A reunião ordinária da próxima terça-feira, 2 de fevereiro, marcará o início da nova legislatura da Câmara Municipal de Blumenau. Os trabalhos, no entanto, já começaram. Alguns vereadores, conscientes das contingências do orçamento do Município de Blumenau, especialmente em decorrência das necessidades com gastos na saúde, já renunciaram carro oficial, telefone móvel e outros privilégios dessa natureza.
Começa bem a nova legislatura. E o futuro promete. Mesmo os seis novos vereadores, bem observado, revelam ampla experiência capaz de lhes garantir a plenitude do mandato já nas primeiras ações. Não se trata de novatos, pois têm aqueles com passagem pelo Poder Executivo, pelo próprio Poder Legislativo, tanto na suplência quanto na assessoria parlamentar, ou com atuação corporativa na indústria, em ações sociais e, ainda, com formação jurídica.
O que esperar então da legislatura que se inicia? Evidentemente que nós munícipes esperamos das senhoras e senhores vereadores, em primeiro lugar, um bom exemplo. Afinal, esses representantes são o espelho de seus eleitores. Queremos uma política com “P” maiúsculo, de alto nível, independentemente se na situação ou oposição. O que importa é a atuação voltada pela melhoria da cidade e da vida dos munícipes, coletivamente considerados.
Por outro lado, o que não se espera da Câmara Municipal de Blumenau, um dos poderes do Município, é que se resuma à apenas mais um órgão da burocracia estatal ou a um simples rito de passagem de projetos de lei, o que faria de seus integrantes meros carimbadores dos caprichos governamentais. Isso sim seria decepcionante.
Se houver efetiva fiscalização das contas municipais, da sua saúde financeira e capacidade de investimento da Cidade, e, fundamentalmente, se se conseguir envolver a população nos grandes desafios e debates municipais, então terá valido a pena toda expectativa que, legitimamente, depositamos em Suas Excelências.
Que se abram os trabalhos legislativos e se enterre, de uma vez por todos, o famoso ditado de que a próxima legislatura é sempre pior.